Acurácia do peso fetal estimado na ultrassonografia em relação ao peso dos recém-nascidos quando menor que 2500g e a partir de 4000g no serviço de medicina fetal do HUSM
Fecha
2023-04-28Primeiro membro da banca
Konopka, Cristine Kolling
Segundo membro da banca
Wendt, Guilherme Welter
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O diagnóstico prévio de fetos pequenos (PIG) e grandes para idade gestacional
(GIG) pode levar a medidas que reduzam os desfechos neonatais adversos, pois
ambos cursam com maiores taxas de mortalidade e morbidade perinatal. Fetos
PIG apresentam risco aumentado para prematuridade, hipóxia perinatal,
hipotermia e hipoglicemia; ou então, em fetos GIG, aumenta-se a chance de
distócia de ombro, lesão do plexo braquial e do nervo facial, hemorragia pósparto e trauma no canal de parto ao nascimento. O diagnóstico é
preferencialmente realizado por exame ultrassonográfico com biometria fetal no
terceiro trimestre. Para propor medidas preventivas, o diagnóstico prévio ao
nascimento é necessário. Objetivos: Avaliar o peso fetal ao nascimento e
correlacionar com o peso fetal estimado na última ultrassonografia,
considerando-se que a decisão do melhor momento para o nascimento de fetos
PIG e GIG tem grande valor na mudança do desfecho neonatal. Método: O
estudo respeitou os preceitos éticos e foi aprovado pelo Comitê de Ética da
UFSM. Trata-se de um estudo retrospectivo observacional realizado no
ambulatório de Medicina Fetal do HUSM. Foi registrado o PFE em
ultrassonografia em pacientes gestantes (n = 99) do Hospital Universitário de
Santa Maria (HUSM) no terceiro trimestre, que realizaram o exame no serviço
de medicina fetal em até quinze dias antes do parto na instituição, com o PFE
em exame de imagem menor que 2500g e maior ou igual a 4000g e
correlacionado com os dados de peso fetal ao nascimento, determinado por
balança específica para recém-nascidos. Os dados do estudo foram obtidos dos
registros de nascimento do prontuário. Análises descritivas das variáveis
independentes foram expressos em média, desvio-padrão, valor mínimo e valor
máximo, assim como frequências relativas e absolutas. A normalidade de
distribuição dos dados foi testada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. O
coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para verificar o relacionamento
bruto entre o PFE e o PN. Um nível de significância de 5% foi considerado como
satisfatório. Resultados: Houve uma elevada correlação linear entre o peso fetal
estimado e o peso ao nascimento (R=0,92) e a diferença entre eles variou entre
-488 g e +609 g, com média de +60g. A maioria das máximas variações
percentuais da estimativa de peso esteve em torno de 10%. O PFE teve
sensibilidade de 89,7% e especificidade de 100%, apresentando um percentual
de concordância de 90% dos casos. Conclusões: o PFE é capaz de predizer
adequadamente o PN de fetos PIG e GIG no serviço de Medicina Fetal do
HUSM, apresentando elevada acurácia, independentemente da fase de
treinamento em que se encontra o médico residente deste serviço.
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