“Novo” Ensino Médio e trabalho pedagógico na rede estadual do Rio Grande do Sul: impactos na formação da força de trabalho no Brasil
Fecha
2023-03-30Primeiro coorientador
Maraschin, Mariglei Severo
Primeiro membro da banca
Machado, Célia Tanajura
Segundo membro da banca
Ferreira, Laura Senna
Terceiro membro da banca
Correa, Marcos Britto
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta dissertação de Mestrado, desenvolvida no âmbito do Kairós – Grupo de Estudos e
Pesquisas sobre Trabalho, Educação e Políticas Públicas, foi produzida e orientada a
responder à seguinte problematização: Tendo por base a Reforma do Ensino Médio na rede
estadual de ensino do Rio Grande do Sul (RS), que relações podem ser estabelecidas entre o
trabalho pedagógico, visando à formação de estudantes secundaristas, e o estágio atual de
acumulação capitalista e suas consequências para a reprodução da força de trabalho no
Brasil? Dessa problematização, derivam algumas questões de pesquisa: Quais são as
configurações do atual estágio de acumulação capitalista? Como as atuais configurações do
capitalismo implicam nas relações de trabalho no Brasil? Como o “Novo” Ensino Médio se
vincula à formação de força de trabalho no Brasil? Como a implantação da Reforma passa a
orientar o trabalho pedagógico no Ensino Médio no estado do RS? O objetivo geral é
analisar, tendo por base a Reforma do Ensino Médio na rede estadual de ensino do Rio
Grande do Sul, as relações entre o trabalho pedagógico, visando à formação de estudantes
secundaristas, e o estágio atual de acumulação capitalista e suas consequências para a
reprodução da força de trabalho no Brasil. Partiu-se do Materialismo Histórico-Dialético,
abordagem marxista de análise e conhecimento da realidade social, que orientou a pesquisa
tendo por pressuposto que as relações de produção e a luta de classes, conforme suas atuais
configurações, impactam as políticas educacionais brasileiras. Procedimentalmente se teve a
pesquisa bibliográfica e a análise documental como instrumentos auxiliares no trabalho com
os dados e na produção dissertativa. Em linhas gerais, constatou-se que a Reforma do Ensino
Médio, conforme a singular implantação no Estado do RS, expressa uma necessidade de
reformulação na formação de força de trabalho, atendendo à atual manifestação da
superexploração realizada no Brasil. A ênfase nas competências, a flexibilização curricular e
o aparecimento de componentes curriculares relacionados à “prática”, em detrimento aos
“teóricos” revelam uma adaptação da formação de estudantes para o atual estágio de
acumulação do capital na periferia do capitalismo. Os trabalhadores formados a partir das
escolas públicas de Ensino Médio são preparados para uma dinâmica de descarte, devido ao
aumento quantitativo do exército industrial de reserva. O “novo” Ensino Médio é
consequência da demanda por um currículo e um trabalho pedagógico que formam uma
ideologia individualista e meritocrática, capaz de fazer com que os estudantes aprendam a ser
flexíveis e adaptáveis e/ou se culpabilizam pelo desemprego ou trabalho precário, tão comuns
no contexto atual.
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