Indicadores previdenciários antes e durante a pandemia em trabalhadores domésticos com base na teoria de stress de Seyle de 1956
Fecha
2023-02-24Primeiro coorientador
Costa, Vânia Medianeira Flores
Primeiro membro da banca
Lisowski, Carolina Salbego
Segundo membro da banca
Pozzer, Ranice Hoehr Pedrazzi
Terceiro membro da banca
Camargo, Maria Emilia
Quarto membro da banca
Moura, Gilnei Luiz de
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O trabalho doméstico em sua história escravocrata abarcada de fardos, de discriminações,
abusos e invisibilidade, continua, mesmo após 135 anos da abolição da escravidão, em
condições muito abaixo do esperado, desencadeando doenças como o stress estudado por
Hans Selye, em 1956. A teoria do Stress de Selye e suas fases, reação de alarme (Ansiedade)
e fase de resistência (Depressão), levam muitos trabalhadores domésticos a se afastarem das
atividades temporária ou permanentemente. Para tal, essa tese teve por objetivo principal
estudar os indicadores previdenciários em dois momentos, antes e durante a pandemia de
Covid-19 em trabalhadores domésticos, se utilizando de dados da Previdência Social e
fundamentada na teoria de Selye. Com relação ao método, por ser uma pesquisa quantitativa,
a coleta se deu de forma secundária – que constam na base de dados da Previdência Social,
bem como a transformação dos indicadores qualitativos para postos, com estatística não
paramétrica. A população foi composta por todos os trabalhadores domésticos obtiveram
benefícios concedidos pela Previdência, como forma de auxílio mantenedor enquanto
permanecem doentes. Aplicou-se um estudo de dados em painel por modelo pooled como
estratégia, tendo ponto de corte no mês de promulgação do Decreto nº. 6 de março de 2020,
analisando a existência, ou não, de reflexos antes ou durante a pandemia, em cada um dos
indicadores previdenciários do estudo. Dessa forma, obteve-se um total de 12.118
observações, em que foram gerados 12 modelos estatísticos de painel capazes de descrever o
comportamento dos indicadores, conforme a doença ocupacional, de maneira geral e por
períodos em separado. Como resultados dos modelos encontrados, a doença ocupacional que
se destacou foi a Depressão, com três modelos consistentes (geral, antes da pandemia e
durante a pandemia), os quais contemplam o maior número de indicadores dentre todos os
modelos. Assim, pode-se concluir que a Depressão (2ª fase da Síndrome Geral de Adaptação -
SGA) é a doença que mais afetou e afeta os trabalhadores domésticos em todo o Brasil,
impactados pela pandemia com a perda de empregos, discriminação, desvalorização e
permanecendo a serem ignorados pela sociedade e governo.
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