Sobrevivência de espécies de Spodoptera (Lepidoptera: Noctuidae) em soja expressando Cry1A.105, Cry2Ab2 E Cry1Ac e suscetibilidade a inseticidas
Fecha
2023-07-17Primeiro membro da banca
Franco, Cláudio Roberto
Segundo membro da banca
Stacke, Regis Felipe
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Nas últimas safras, um aumento nas infestações de espécies do gênero Spodoptera
(Lepidoptera: Noctuidae) foi reportado em lavouras de soja com expressão da proteína
inseticida Cry1Ac no Brasil. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a sobrevivência
de Spodoptera cosmioides (Walker, 1898), Spodoptera eridania (Stoll, 1782), Spodoptera
albula (Walker, 1857) e Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae)
em soja MON 87751 × MON 87708 × MON 87701 × MON 89788 que expressa Cry1A.105,
Cry2Ab2 e Cry1Ac, soja MON 87701 × MON 89788 com a expressão de Cry1Ac e soja nãoBt e a suscetibilidade aos inseticidas flubendiamide e tiodicarbe. Inicialmente, neonatas das
espécies de Spodoptera foram expostas à alimentação em folhas de soja Bt e não-Bt durante 10
dias. Após este período, as lagartas sobreviventes foram separadas por instar (L1, L2 ou L3) e
transferidas para folhas de soja em que se desenvolveram, mas tratadas com a dose de campo
de flubendiamide (70 mL/ha), tiodicarbe (400g/ha) ou 50% destas doses. A mortalidade de S.
cosmioides, S. eridania e S. albula em soja com expressão de Cry1A.105, Cry2Ab2 e Cry1Ac
foi superior a 81% aos 10 dias, com nenhum inseto sobrevivendo até a fase adulta. Por outro
lado, S. frugiperda apresentou mortalidade inferior a 60%, com algumas larvas se
desenvolvendo até a fase adulta. No mesmo período, em soja com expressão de Cry1Ac e soja
não-Bt a mortalidade das espécies de Spodoptera foi inferior a 25%. Lagartas L1, L2 e L3 de
S. cosmioides, S. eridania e S. albula apresentaram mais de 83% de mortalidade quando
expostas à alimentação em folhas de soja Bt e não-Bt tratadas com ambas as doses de
flubendiamide ou tiodicarbe, não originando adultos. Em contraste, lagartas L1, L2 e L3 de S.
frugiperda em soja expressando Cry1Ac e soja não-Bt tratadas com 50% da dose de ambos os
inseticidas originaram adultos. No entanto, as lagartas de S. frugiperda que se desenvolveram
em soja Bt e não-Bt tratadas com flubendiamide e/ou tiodicarbe apresentaram prolongamento
do estágio imaturo e as fêmeas com menor fecundidade. Portanto, pode-se concluir que: (i) a
soja MON 87701 × MON 89788 × MON 87751 × MON 87708, que expressa as proteínas
inseticidas Cry1A.105, Cry2Ab2 e Cry1Ac, foi eficaz na proteção contra S. cosmioides, S
eridania e S. albula; (ii) a soja MON 87701 × MON 89788 × MON 87751 × MON 87708
apresentou baixa letalidade para S. frugiperda; (iii) a soja MON 87701 × MON 89788, que
expressa a proteína inseticida Cry1Ac, apresentou baixa letalidade para todas as espécies de
Spodoptera avaliadas; (iv) flubendiamide e tiodicarbe foram eficazes no controle de espécies
de Spodoptera que sobreviveram em soja Bt ou não-Bt; e (v) lagartas de S. frugiperda que se
desenvolveram em soja Bt e não-Bt pulverizadas com flubendiamide ou tiodicarbe tem
prolongamento do estágio imaturo e as fêmeas menor fecundidade. Em resumo, a integração de
táticas de controle proporciona um manejo eficaz de espécies de Spodoptera que atacam soja
no Brasil e em outros países da América do Sul.
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