Nanoesferas poliméricas mucoadesivas associadas aos ácidos cafeico e ferúlico: caracterização, estudo de estabilidade, potencial antioxidante e segurança
Fecha
2023-07-05Primeiro coorientador
Schaffazick , Scheila Rezende
Primeiro membro da banca
Rolim, Clarice Madalena Bueno
Segundo membro da banca
Garcia, Cássia Virgínia
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A mucosite oral é caracterizada pelo surgimento de lesões eritematosas e ulcerativas na cavidade oral
induzidas pelas quimioterapias e radioterapias, o dano na camada basal dos tecidos leva à expressão
de citocinas pró-inflamatórias, pró-apoptóticas e espécies reativas de oxigênio (EROs) capazes de
comprometer o DNA celular e desencadear outros processos de apoptose celular nas demais camadas
do epitélio. Em níveis baixos, o estresse oxidativo induzido pelas EROs pode ser prevenido através da
ação de antioxidantes. Neste contexto, os compostos fenólicos têm se destacado por sua propriedade
de redução da resposta inflamatória e potente ação antioxidante através da redução de EROs. A
administração bucal de insumos farmacêuticos ativos é uma alternativa no tratamento de lesões orais,
sendo mais eficaz quando associada a formulações mucoadesivas. Neste sentido, surgem as
nanopartículas poliméricas, sistemas coloidais capazes de promover adesividade entre as mucosas do
corpo e seus polímeros, aumentando o tempo de retenção das formulações no alvo terapêutico e, por
consequência, a biodisponibilidade dos compostos. O presente trabalho teve como objetivo
desenvolver suspensões de nanoesferas catiônicas contendo ácido cafeico (CA) e ácido ferúlico (FA)
associados, com adequadas características físico-químicas e potencial para a incorporação em formas
farmacêuticas finais. Para isso foi avaliada a atividade antioxidante das suspensões por ABTS e DPPH.
Analisado a fotodegradação dos sistemas, identificando os produtos de degradação formados, bem
como ensaios de mucoadesão, potencial irritativo (HET-CAM) e viabilidade celular (fibroblastos murinos
3T3). Além de desenvolver e validar uma metodologia analítica de quantificação por CLAE. As
nanoesferas foram obtidas pelo método de nanoprecipitação. Para caracterização físico-química foram
analisados os seguintes parâmetros: análise macroscópica, valor de pH, diâmetro médio das partículas
e polidispersão (espectroscopia de correlação de fótons), potencial zeta (mobilidade eletroforética). A
determinação do teor dos compostos e eficiência de encapsulamento pelo método CLAE e análise
morfológica por microscopia de força atômica. A liberação in-vitro foi realizada pelo método de difusão
em sacos de diálise e o ensaio de fotoestabilidade por exposição das amostras à radiação UVA (365
nm). Durante a execução deste trabalho, obteve-se uma promissora suspensão de nanoesferas com
tamanho de partículas homogêneo, eficiência de encapsulamento (>60%), morfologia, potencial zeta
positivo e pH adequados. As nanopartículas demonstraram capacidade bioadesiva no ensaio de
mucoadesão, além de manter a atividade antioxidante e diminuir o potencial de irritação dos compostos.
No ensaio de fotodegradação, foi possível observar um efeito protetivo das nanoesferas sobre os
compostos fenólicos. Este trabalho avaliou, em caráter inédito, a isomerização trans-cis de CA e FA
promovida pela exposição à radiação UV. A metodologia analítica de quantificação dos compostos
fenólicos validada mostrou-se capaz de quantificar CA e FA simultaneamente. Frente ao exposto, as
nanoformulações contendo ácidos fenólicos coencapsulados mostram-se promissoras para uma futura
aplicação terapêutica e incorporação a formas farmacêuticas de uso bucal.
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