Integralidade no cuidado ao adolescente na atenção primária à saúde
Visualizar/ Abrir
Data
2023-07-10Primeiro coorientador
Ribeiro, Aline Cammarano
Primeiro membro da banca
Wilhelm, Laís Antunes
Segundo membro da banca
Paula, Cristiane Cardoso de
Terceiro membro da banca
Barbiani, Rosangela
Quarto membro da banca
Toso, Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Introdução: a adolescência é uma etapa singular no desenvolvimento, há
intensificação de transformações físicas, mentais, emocionais, sexuais e sociais.
Ressalta-se o papel da Atenção Primária à Saúde (APS) no cuidado integral aos
adolescentes, a partir de suas necessidades e particularidades do território.
Objetivos: objetivou-se analisar as necessidades de saúde de adolescentes na
perspectiva destes e dos profissionais de saúde e conhecer os limites e
possibilidades na assistência de adolescentes na atenção primária à saúde.
Método: Pesquisa qualitativa, descritiva-exploratória, desenvolvida em unidades de
saúde de APS e escolas estaduais da rede pública de uma Região de Saúde do
Interior do Rio Grande do Sul. Participaram 24 profissionais de saúde e 12
adolescentes por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram submetidos
à análise temática indutiva. Para interpretação dos resultados foram utilizados os
quadros teóricos de Bárbara Starfield e de Paulo Freire. Protocolo de estudo
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da instituição sob
número de parecer 4.827.966. Resultados: O cuidado integral envolve reconhecer
as emoções e os sentimentos expressados pelos adolescentes frente às
vulnerabilidades vivenciadas, bem como a identificação de fatores protetivos para o
seu desenvolvimento. Destaca-se o olhar para a dinâmica familiar e as relações
sociais. São fatores de risco no âmbito familiar: desemprego dos pais, condições
econômicas precárias, machismo estrutural, vínculos familiares instáveis,
preconceito e estigmas relacionados à adolescência e debilidade das figuras
materna e paterna. Considerar os sentimentos e desejos do adolescente, sua
autonomia, diálogo livre de preconceito e punição são positivos para aproximação, e
aumento de vínculo e segurança em relação à equipe. Entretanto, a APS não é vista
como referência, e tão pouco os profissionais sentem-se preparados para atender os
adolescentes. Embora o acesso à APS ocorra, ele é reduzido comparado às demais
etapas do ciclo de vida. A escola se destaca como espaço em potencial para
vinculação destes aos serviços de saúde. O projeto de vida dos adolescentes é
dinâmico, e parte de uma contínua construção e reconstrução de sua trajetória, a
partir de vivências, valores e identificações. Considerações finais: os limites na
formação dos profissionais de saúde denotam a importância de revisão nas matrizes
curriculares. Ademais, há necessidade de associar ao cuidado o uso de tecnologias,
mídias sociais e espaços frequentados pelos adolescentes; e a articulação entre a
APS e Rede de Atenção Psicossocial. Acredita-se no fortalecimento das ações junto
ao público adolescente na APS, levando em conta as mudanças do mundo
contemporâneo, o impacto da pandemia e das relações que o adolescente.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: