Atividade de ectoenzimas purinérgicas após dano hepático crônico induzido por tioacetamida em ratos wistar e tratados com pentoxifilina
Fecha
2023-07-17Primeiro membro da banca
Rosemberg, Denis Broock
Segundo membro da banca
Spanevello, Roselia Maria
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Os agentes causadores de intoxicações hepáticas são inúmeros, e quando as
lesões ocasionadas por eles perduram por longos períodos podem caracterizar um
perfil crônico, dificultando o tratamento e recuperação do paciente. Doenças
hepáticas crônicas (DHC) são um grave problema de saúde pública no Brasil e no
mundo, levando a altos índices de morbidade e mortalidade. Em razão da
dificuldade de se estudar as DHC em humanos, modelos de dano experimental em
fígado de roedores foram desenvolvidos. A tioacetamida (TAA) é uma substância
hepatotóxica utilizada para este fim. Contudo, cada rato demonstra tolerâncias
individuais mediante a toxicidade do composto, não havendo na literatura uma
administração da TAA pela via oral individualmente em cada rato para indução de
dano hepático crônico. O nucleotídeo purínico ATP e seus derivados são liberados
durante o dano hepático, atuando como sinalizadores celulares na resposta
linfocitária. As ectonucleotidases ancoradas nas membranas celulares regulam essa
sinalização purinérgica, modulando a resposta imune, de modo que terapias que
afetem essa sinalização possam atuar como um alvo terapêutico. Além disso, a
pentoxifilina (PTX) é uma droga anti-inflamatória hemorreológica que pode atuar
como um possível agente antifibrótico. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos
da indução de dano hepático crônico pela administração oral de TAA em ratos
Wistar e alterações nas ectoenzimas do sistema purinérgico. Para isso, foi realizado
um experimento in vivo, no qual 30 ratos Wistar foram divididos em quatro grupos:
Grupo I – Controle, Grupo II – PTX (100mg/kg), Grupo III – TAA (125mg/kg) e Grupo
IV – TAA (125mg/kg) + PTX (100mg/kg). A indução de dano hepático crônico
ocorreu pela administração oral de TAA três vezes por semana durante 12 semanas.
Os animais dos grupos II e IV receberam PTX por via oral diariamente durante as 4
últimas semanas. Após esse período, os animais foram eutanasiados e o sangue e
fígado coletados para isolamento de linfócitos, como também avaliação de
hemograma e marcadores de dano séricos. Nos animais do grupo III foi observado
aumento de AST e diminuição dos triglicerídeos no soro. Houve aumento na
contagem de leucócitos totais no sangue, principalmente neutrófilos. Houve ainda
diminuição da atividade da E-NTPDase nos linfócitos de fígado, um perfil de
característica pró-inflamatória, enquanto na E-NTPDase das membranas de fígado
se observou aumento dessa atividade, possivelmente pela elevação da sinalização
de eATP liberado em razão do dano celular. Nos linfócitos de sangue as
ectoenzimas se encontram aumentadas, demonstrando um perfil imune regulado. O
tratamento com PTX não demonstrou alteração nos níveis séricos de marcadores de
dano hepático, sugerindo certo grau de reversão do dano. Além disso, o tratamento
reverteu a atividade das ectoenzimas dos linfócitos hepáticos a níveis basais,
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