Evasão como renovação do problema do ser: o tempo no horizonte da novidade e da singularidade
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2023-07-17Primeiro membro da banca
Cavalheiri, Alceu
Segundo membro da banca
Krassuski, Jair Antônio
Terceiro membro da banca
Costa, José André da
Quarto membro da banca
Souza, José Tadeu Batista de
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
A pesquisa tem por objetivo investigar no pensamento de Emmanuel Levinas (1906 -
1995) a temática da evasão como renovação do problema do ser, observando em que
medida o tempo no horizonte da novidade e da singularidade será decisivo e
constituinte da sua proposição filosófica. Levinas, propõe-se à busca por uma filosofia
para além do saber apresentado pela filosofia ocidental, ou seja, busca um novo modo
de filosofar. Nesse sentido, o mote de investigação desta pesquisa procura observar
em que medida a evasão é a condição para se falar num conceito de tempo, o qual
permite renovar a pergunta do ser enquanto ser. Na busca pelo seu desdobramento,
a pesquisa percorreu algumas obras centrais do pensamento levinasiano, sobretudo:
O Tempo e o Outro, Da Evasão, Da Existência ao Existente, Totalidade e Infinito e De
outro modo que ser ou para lá da essência. Para Levinas, a evasão é uma situação
concreta, a partir da qual ele busca pensar a tensão entre ontologia e ética, onde para
o autor a ética assume o primado ante a ontologia. A construção filosófica de Levinas
origina-se a partir do diálogo com a fenomenologia de Husserl e com a ontologia de
Heidegger, e também, por influência da cultura judaica. Levinas é um filósofo judeu
sobrevivente de uma das maiores atrocidades da humanidade. Nesse sentido, em sua
experiência de cativeiro observou a necessidade de um novo modo de pensar, no qual
torna-se necessário evadir-se do domínio da totalidade. Assim, a tese que se defende
nesta pesquisa é que, a categoria de tempo na filosofia levinasiana é fundamental
para a evasão do ser e, enquanto renovação do problema do ser. Levinas apresenta
a temporalidade como transcendência, sendo esta, uma alteridade misteriosa, que
está para além do poder do presente. A temporalidade como transcendência, ou seja,
em direção do outro, sendo, portanto, manifestada na alteridade em relação a sua
dimensão de infinito como crítica à totalidade. Para Levinas, o rosto em sua
manifestação apresenta um dizer original anterior a qualquer dito, sendo este, uma
metafísica que aparece a ontologia numa relação que se dá no face a face. Contudo,
por meio da significação do rosto, tem-se a abertura do tempo enquanto diacronia e,
ao mesmo tempo, a um passado imemorial, sendo assim passividade e
responsabilidade. Nesse sentido, o autor propõe a absoluta originalidade do tempo,
como subjetividade ética. Portanto, a pesquisa em seu objetivo percorreu o
pensamento de Levinas, onde observou que o tempo enquanto horizonte da novidade
e da singularidade apresenta-se como elementar no desdobramento do seu
pensamento filosófico, o qual possibilita observar a evasão enquanto renovação ao
problema do ser. O tempo é abertura para outrem. Esta abertura é a significação
humana da vida que se apresenta na epifania do rosto de outrem. A relação do tempo
com o rosto é linguagem e doação, bondade e justiça. Na relação do tempo com o
face a face, se dá a experiência originária por excelência e, por isso, é ética.
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