Caracterização e modelagem da produção florestal para o setor do tabaco no sul do Brasil
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Fecha
2023-09-13Primeiro membro da banca
Fortes, Fabiano de Oliveira
Segundo membro da banca
Texeira, Débora da Silva
Terceiro membro da banca
Tonini, Hélio
Quarto membro da banca
Soares, Philipe Ricardo Casemiro
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
As características quanti-qualitativa dos povoamentos florestais que compõem a base
florestal da fumicultura tornam a elaboração de estratégias de produção florestal
desafiadora, pois os processos de implantação e condução das florestas são realizados de
forma empírica, inclusive em relação à densidade inicial de plantio. Diante dessas
premissas, apresenta-se a hipótese de que o planejamento da produção florestal familiar
do Sistema Integrado de Produção de Tabaco Virgínia, fundamentado plantios florestais
com densidades iniciais tecnicamente adequadas, permite o rendimento volumétrico
sustentado de biomassa florestal para o processo de cura do tabaco Virgínia. Objetivouse, com esta pesquisa, realizar a caracterização e modelagem da produção florestal para
o setor do tabaco no sul do Brasil. Este estudo foi desenvolvido de forma exploratória por
meio de métodos e técnicas de investigação de fatores relacionados à produção de
biomassa florestal familiar para fins energéticos. A área de estudo engloba quatro regiões
produtoras de tabaco Virgínia no Sul do Brasil, que fazem parte da área de atuação da
empresa Japan Tobacco International (JTI). O levantamento de dados consistiu em
realizar inventários florestais de única ocasião, que foram utilizados para caracterizar a
base florestal e inventários florestais contínuos, em plantios florestais de Eucalyptus
dunnii, que foram utilizados para modelagem de crescimento e produção florestal.
Também foram realizadas consultas a banco de dados cadastrais da JTI para determinação
do consumo de lenha e, por fim, foram construídos cenários de produção florestal, para
os quais foram consideradas as capacidades produtivas observadas por meio da
modelagem. Para cada cenário de produção foi determinada a razão custo-benefício.
Verificou-se que a base florestal das regiões estudadas é constituída por 3.114 produtores,
que têm em média 1,7 ha de área florestal. Desse modo, a área total da base florestal foi
estimada em aproximadamente 4.567,41 hectares de plantios florestais do gênero
Eucalyptus. A base florestal da fumicultura, em sua maior parte, é alicerçada por florestas
que já ultrapassaram a idade técnica de rotação para florestas energéticas, que é de cerca
de 7 anos. Ao analisar as características quanti-qualitativas dos plantios florestais,
observou-se grande variação dentro e entre as regiões analisadas. Quanto à modelagem
de crescimento e produção florestal, os modelos se mostraram robustos para estimativa
do índice de sítio, área basal e volume do povoamento. A análise dos cenários de produção
florestal demonstrou que florestas com as densidades de plantio tecnicamente adequadas
são capazes de suprir a demanda de lenha para o processo de cura do tabaco Virgínia e
têm uma Razão custo-benefício mais atrativa que os plantios superadensados. Os níveis
de capacidade produtiva dos plantios florestais de E. dunnii são compatíveis com o
conceito de rendimento volumétrico sustentado, uma vez que a produção foi suficiente
para suprir a demanda de lenha no processo de cura do tabaco Virgínia.
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