Eco da comunicação e da inovação na universidade: intersecções entre o ecossistema midiático e o ecossistema inovativo
Fecha
2023-09-26Primeiro membro da banca
Ghislen, Taís Steffenello
Segundo membro da banca
Silva, Marcela Guimarães e
Terceiro membro da banca
Carvalho, Luciana Menezes
Quarto membro da banca
Barichello, Eugenia Maria Mariano da Rocha
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Como se configuram as ambiências midiáticas, comunicacionais e organizativas do
ecossistema de inovação nas universidades? Esta foi a questão-problema que
direcionou este estudo, cuja objetificação centrou-se no ecossistema inovativo das
universidades federais com campus-sede no estado do Rio Grande do Sul, Brasil,
nomeadamente: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Pelotas (UFPel),
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e
Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Posto em ação, seu objetivo geral
buscou desvelar o eco da comunicação e da inovação nas universidades federais
gaúchas à luz da Ecologia da Mídia e da filosofia de Marshall McLuhan, ao passo de
revisar as abordagens teóricas e de pesquisa no âmbito da Ecologia da Mídia e do
fenômeno inovativo, identificar o macrossistema organizacional inovativo, reconhecer
o mesocomplexo organizacional para geração e fomento de produtos e serviços
inovadores, verificar os microprocessos organizacionais para circulação, visibilidade
e legitimação ecossistêmica e perceber as intersecções do ecossistema midiático com
o sistema inovativo nas universidades objetificadas. Dado à problematização do objeto
empírico em articulação aos objetivos específicos, a pesquisa buscou na Ecologia da
Mídia e na filosofia de Marshall McLuhan, especialmente em seu método de inversão
figura-fundo, as bases para fundamentar tanto as abordagens teórico-epistemológicas
quanto teórico-metodológicas. Diante da natureza teórico-prática, contemporânea e
complexa da problemática em questão, adotou-se o método indutivo, complementado
com a triangulação de abordagens comuns às pesquisas exploratórias, descritivas e
explicativas. Devido à flexibilidade na escolha das técnicas e procedimentos na
apropriação dessas abordagens, elaborou-se, à luz do método de inversão figurafundo, três técnicas para coleta de dados e informações, cada uma formatada a partir
de lentes analítico-investigativas distintas, porém indissociáveis. Com a sondabibliográfica, revisou-se a literatura. Já as sondas-documentais e sondasconversacionais possibilitaram obter uma compreensão realista dos sistemas
inovativos nas universidades federais gaúchas. Isso não só preencheu as lacunas no
objeto de estudo, mas também permitiu à pesquisa mergulhar nas complexidades do
fenômeno ecossistêmico da inovação. As sondas-configuracionais, por sua vez, foram
necessárias para criar representações mais detalhadas das estruturas organizativas
dos ecossistemas de inovação, ao passo de ampliar a percepção dos ambientes de
mídia que formam o ecossistema midiático atual. Através do método de inversão
figura-fundo, emergiram as particularidades que cada elemento possui, movendo-as
do plano de menor destaque (fundo) para o foco central de visualização (figura). Esse
processo permitiu uma representação mais precisa e concreta tanto do ecossistema
de inovação quanto da comunicação e do ecossistema midiático. A partir desse
momento, configurou-se o ecossistema de inovação das universidades com campus-sede no estado do Rio Grande do Sul, organizado em três níveis sistêmicoprocessuais: macrossistema organizacional inovativo, que engloba as estruturas e
representações de um ecossistema de inovação em instituições de ensino superior;
mesocomplexo organizacional para geração e fomento de produtos e serviços
inovadores, onde classificamos os arranjos e as camadas do fenômeno inovativo
dentro dessas instituições; e microprocessos organizacionais para circulação,
visibilidade e legitimação ecossistêmica, que engloba as etapas que envolvem a
difusão do fenômeno inovativo. Além disso, utilizou-se o mesmo processo sobre o
campo comunicacional e midiático, para elaborar uma configuração própria para o
ecossistema de mídia, que por sua vez, foi composto por doze ambiências de mídia,
cada uma reunindo diversos sistemas para desempenhar funções específicas ou
permitir que os usuários atribuam a elas as funções desejadas, podendo ser
acopladas em diferentes dispositivos. Essas ambiências estão interligadas por redes
ou ambientes transmidiáticos, compostos por dispositivos de hardware e sistemas de
software. Como resposta à problemática e, por extensão, aos objetivos, o eco da
comunicação e da inovação na universidade é configurado por meio das intersecções
entre o ecossistema midiático e o ecossistema inovativo. A interação entre esses
ecossistemas se desenha com clareza, à medida que as diferentes ambiências
midiáticas desempenham papéis variados e estratégicos na ecologia da inovação.
Elas podem, por um lado, ser habilmente adotadas para posicionar a comunicação
organizacional, atenta ao fenômeno de midiatização, como campo estratégico de
práticas e processos para os ambientes de inovação e criatividade. Por outro lado,
não apenas a comunicação, mas as ambiências midiáticas atuam como meios para
operacionalizar produtos, processos e serviços inovadores, todos fundamentados em
tecnologias interligadas por meio de redes transmidiáticas.
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