O sentimento de pertencimento representado na história e na memória: um estudo sobre as designações da cidade de São Borja
Abstract
O tema deste trabalho discorre sobre a maneira como são apresentadas as designações “Terra dos
Presidentes” e “Sete Povos das Missões” da cidade de São Borja, RS. O objetivo geral é compreender e
interpretar como a história e a memória interferem na questão da territorialidade. Utilizamos, como base
para o referencial teórico, a obra de ORLANDI (2015), “Análise do Discurso: princípios e
procedimentos”. Com isso, tentamos compreender se esses objetos simbólicos coexistem ou anulam-se
nos discursos sobre a cidade, com base no texto de PETRI (2010). Verificamos também a relação entre o
sujeito (São-Borjense) e seu espaço (São Borja), partindo da questão da territorialidade, como é tratado
em ORLANDI (2011). Enfocamos, por fim, a história e a memória, como enlaçamento significativo,
criando assim o sentimento de pertencer a um lugar, o “estar em casa”. Com isso, propomos um gesto de
interpretação através de imagens de um catálogo sobre São Borja e de prints do vídeo “Coisas de São
Borja RS” e dos comentários do mesmo. Como resultados, observamos a justaposição bem como o
silenciamento das designações e o enlaçamento significativo entre sujeito e cidade por meio da história e
da memória, resultando no sentimento de pertencimento (territorialidade). Com este trabalho,
contribuímos com novas possibilidades de trabalhar com o nosso corpus, podendo trazer novas reflexões
sobre os discursos feitos sobre São Borja, RS; bem como contribui, ainda que modestamente, com os
estudos em Análise do Discurso que mobilizam as noções de história e memória.