Estudo do perigo à inundação da área edificada do município de Barra do Quaraí/RS utilizando aerofotogrametria com aeronaves remotamente pilotadas
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Data
2023-04-20Primeiro membro da banca
Robaina, Luís Eduardo de Souza
Segundo membro da banca
Amaral, Lúcio de Paula
Terceiro membro da banca
Prina, Bruno Zucuni
Quarto membro da banca
Cristo, Sandro Sidnei Vargas de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A necessidade de habitação, nos últimos anos levou a classe mais vulnerável
economicamente a habitar locais inapropriados como as áreas ribeirinhas e regiões
com alta declividade, sem infraestruturas e cada vez mais afastadas dos grandes
centros. Na tentativa de amenizar as perdas pelos eventos climáticos, a sociedade
civil tenta criar órgãos, associações ou departamentos específicos para promover o
ordenamento territorial e políticas públicas. Porém, na maioria dos casos o alto custo
para realização dos mapeamentos e estudos detalhados acabam sendo um entrave,
havendo repasses maiores para custeio apenas diante de desastres de grandes
proporções. O município da Barra do Quaraí-RS é um exemplo da realidade dos
pequenos municípios do estado do Rio Grande do Sul, onde as medidas de respostas
e os investimentos se traduzem em medidas paliativas após os eventos extremos. Em
decorrência da realidade apresentada, e a necessidade de estudos sobre desastres
naturais e planejamento urbano, este trabalho tem por objetivo analisar a dinâmica do
risco de inundação na área urbana do município de Barra do Quaraí/RS. Além de
explorar e propor a discussão do uso das novas tecnologias para mapeamento
detalhado com uso de RPA. A pesquisa foi construída com base no método dedutivo,
apoiando-se na bibliografia consultada como obras conceituadas no tema proposto.
Foram utilizados como base de informações os dados da prefeitura municipal, Agência
Nacional de Águas (ANA), Defesa Civil e Imprensa. Para a construção do Modelo
Digital de Terreno, foi utilizado um RPA, modelo Phantom 4 Pro da marca DJI para a
execução de um voo planejado. O perigo e a exposição à ameaça de inundação, foi
obtido utilizando-se como metodologia o cálculo dos Tempos de retorno (TR) para as
classes 2/5/10/25/100 anos. O mapeamento revelou um bom estado de conservação
da zona ribeirinha com nenhuma moradia no TR 2, apenas duas moradias no TR 5
anos (Muito Alto Perigo), 37 moradias no TR 10 (Alto Perigo), 139 moradias no TR 25
(Médio Perigo) e 340 moradias na área de TR 100 anos (Baixo Perigo), sendo
localizadas 518 moradias em área de perigo a inundação do Rio Quaraí. Os mapas
produzidos podem ser utilizados além do setor de defesa civil, como todos demais,
com destaque para projetos de atualização do cadastro municipal e IPTU, ações de
fiscalização da margem ribeirinha, monitoramento da expansão urbana, concepção
do plano diretor da cidade. A curto prazo deve se trabalhar a educação, até mesmo
com campanhas nas escolas sobre a importância da zona ribeirinha (TR 2 anos), além
do poder público se apropriar e ordenar os espaços da cidade com maior exposição e
proximidade ao Rio Quaraí (TR 5 anos), pois estes vazios urbanos quando não
utilizados podem tornar-se áreas com moradias irregulares e consequentemente
áreas com perigo de inundações.
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