Técnicas de resgate e propagação vegetativa de híbridos de Corymbia spp. por estaquia
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Data
2023-10-05Primeiro membro da banca
Pimentel, Nathalia
Segundo membro da banca
Mantovani, Nilton Cesar
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo geral dessa pesquisa foi estudar técnicas para resgate vegetativo e a propagação por estaquia de Corymbia spp. O primeiro capítulo teve por objetivo avaliar métodos de resgate vegetativo para indução de brotos epicórmicos e aplicação de diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB) em estacas de progênies híbridas de Corymbia spp. Já o segundo capítulo objetivou a análise de diferentes concentrações e formas de aplicação de AIB, ambientes de enraizamento e tipo de estacas em um clone de C. torelliana x C. citriodora. Na primeira fase, avaliou-se três técnicas de resgate (anelamento, cepa a 15 e 90 cm do solo) combinadas com e sem a exposição dos lignotubers, avaliando-se a produção de brotos e estacas em cinco coletas no campo. Foi realizada a avaliação do enraizamento das estacas provenientes das técnicas de resgate, além do efeito de diferentes concentrações de AIB (zero; 1500; 3000 e 4500 mg L-1) na estaquia. Na segunda fase, conduziram-se três experimentos, sendo que nos dois primeiros avaliou-se diferentes concentrações de AIB (zero, 4500, 6500, 8500 e 10500 mg L-1 / mg kg-1), na forma líquida e em pó, em dois ambientes de enraizamento (CV1 e CV2). No terceiro experimento analisaram-se diferentes tipos de estaca (intermediária e apical) com e sem redução de 50% da área foliar. Análises anatômicas foram conduzidas com material da CV1 para caracterização da rizogênese adventícia e verificação de possíveis barreiras anatômicas ao enraizamento. A técnica de resgate, a partir da cepa a 15 cm do solo e exposição dos lignotubers (cepa 15/CE), aumentou a produção de brotos e obtenção de estacas. Na fase de produção de mudas verificou-se que as estacas obtidas da técnica cepa 15/CE apresentaram maiores percentuais de estacas com folhas (23,4%), enraizamento (23,4%) e calogênese (46,60%). A utilização de AIB na concentração de 4500 mg L-1 proporcionou maiores percentuais de sobrevivência (76%), estacas com folhas (72%) e enraizamento (52%) para as progênies híbridas de Corymbia. No ambiente CV1 observou-se alta mortalidade das estacas (61,26%), devido à alta umidade na casa de vegetação (91,53%) e temperatura amena (18,17 ºC) no período de inverno, inviabilizando o enraizamento. No ambiente CV2, com a utilização de AIB em pó na concentração média de 4000 mg kg-1, observou-se maior sobrevivência (93,31%), retenção foliar (89%) e desenvolvimento morfológico superior (altura, massa seca da parte aérea, massa seca total e área foliar) na fase de enraizamento. Não foi observada barreira anatômica ao enraizamento adventício, havendo conexão do primórdio radicial com o tecido vascular. Constatou-se a presença de compostos fenólicos nas estacas. A estaca intermediária com redução da área foliar em 50% demonstrou ser o propágulo mais eficiente na estaquia do clone. De maneira geral, a melhor técnica de resgate vegetativo em Corymbia spp. é a cepa 15/CE, utilizando-se estacas intermediárias com redução de 50% da área foliar e aplicação de AIB em pó na concentração 4000 mg kg-1. O manejo das condições ambientais no ambiente de enraizamento é fundamental para potencializar o sucesso na propagação vegetativa por estaquia de C. torelliana x C. citriodora.
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