Efeitos da violência física contra a mulher no mercado de trabalho no Brasil em 2019
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Data
2023-11-08Primeiro membro da banca
Freitas, Clailton Ataídes de
Segundo membro da banca
Ferrario, Marcela Nogueira
Metadata
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O objetivo deste estudo é analisar os efeitos da violência física contra a mulher sobre os
resultados do mercado de trabalho brasileiro. Para tanto, a partir dos dados da Pesquisa Nacional
de Saúde de 2019, é utilizado o método de decomposição de Oaxaca-Blinder na verificação da
ocorrência de diferentes hiatos salariais entre as mulheres não expostas e expostas à violência
física e, associadamente, a ferramenta Recentered Influence Function para a generalização
dessa decomposição em qualquer ponto da distribuição de rendimentos laborais. Nos resultados
obtidos, observa-se que, em todos os quartis analisados, existe uma vantagem salarial do grupo
das mulheres não agredidas sobre o grupo das agredidas, sendo ela mais expressiva no nível de
renda mais elevada – o que pode indicar que, nos quartis inferiores, os impactos gerados pelas
diversas privações a que as mulheres são submetidas impedem que os da violência física sejam
evidenciados. Quanto à decomposição, restou verificado que, no 2º e no 3º quartis, 36,73% e
37,21% das respectivas vantagens salariais das mulheres não agredidas se deve ao Efeito de
características (decorrente dos fatores observáveis considerados nas regressões propostas), não
tendo o Efeito estrutural (definido por questões não observáveis) apresentado significância
estatística. No 1º quartil, contudo, foi identificado que a diferença salarial observada pode ser
atribuída tanto ao Efeito de características quanto ao Efeito estrutural.
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