Satisfação no trabalho de enfermeiros no ambiente hospitalar após a pandemia da Covid-19
Fecha
2023-12-15Primeiro membro da banca
Busanello, Josefine
Segundo membro da banca
Dalmolin, Graziele de Lima
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Introdução: a satisfação no ambiente de trabalho hospitalar está associada a motivação, atitude
ou estado emocional positivo, expectativas essas que o profissional espera do seu trabalho. No
contexto da pandemia do Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2),
muitas alterações ocorreram na execução do trabalho e nos hábitos da sociedade, a fim de
controlar a disseminação do vírus. Frente a pandemia, muitas questões surgiram e mudaram a
rotina de trabalho dos enfermeiros, profissionais estes, que além de serem os principais
responsáveis pelo gerenciamento das equipes e setores, realizam assistência direta ao paciente.
Desta forma, essas alterações interferem diretamente na satisfação no trabalho destes
profissionais. Objetivo: analisar a satisfação no trabalho de enfermeiros em seu ambiente de
trabalho após o período da pandemia da Corona Virus Disease (COVID-19). Método: estudo
quantitativo, transversal, realizado em um hospital universitário de grande porte, localizado no
Rio Grande do Sul. Foram convidados a participar da pesquisa 144 enfermeiros vinculados à
instituição hospitalar. A coleta de dados se deu através de três instrumentos: instrumento
sociodemográfico, instrumento S20/23 e a Escala de Satisfação no Trabalho. Empregou-se, para
análise, estatística descritiva e analítica. Resultados: quando aplicada a Escala de Satisfação
no Trabalho, identificou-se que os trabalhadores estavam satisfeitos com os colegas de trabalho
(Média= 5,14; DP= 0,92) e a chefia (Média= 5,03; DP= 1,11), e insatisfeitos com as promoções
no trabalho (Média= 3,97; DP= 1,21). Servidores sem filhos possuíam maior satisfação com a
chefia (p= 0,02) Também foi estabelecido que enfermeiros que não possuíam filhos possuíam
maior indiferença quanto à satisfação geral, quando comparados aos que possuíam filhos
(p=0,03). Profissionais divorciados estavam insatisfeitos com o salário (p= 0,00). Houve
insatisfação com o salário por parte de profissionais que trabalhavam no turno da manhã (p=
0,02). Profissionais que atuavam em setores fechados durante a pandemia, estavam insatisfeitos
com o salário (p= 0,01), e com as promoções (p= 0,04). Já com o instrumento S20/23, houve
satisfação na dimensão referente à relação intrínseca do trabalho (Média= 4,03; DP= 0,70).
Referente às relações hierárquicas (Média= 3,54; DP= 0,86) e o ambiente físico (Média=3,42;
DP= 0,98), houve indiferença, principalmente com as questões de negociações sobre a
contratação de benefícios (Média= 3,07; DP= 1,19), e com a ventilação do ambiente de trabalho
(Média= 3,28; DP= 1,26) respectivamente. Enfermeiros atuantes em setores fechados estavam
mais satisfeitos com o ambiente físico que enfermeiros de setores abertos (p= 0,00).
Enfermeiros que trabalhavam em setores fechados com atendimento COVID-19, e setores que
não atendiam pacientes COVID-19 positivos estavam mais satisfeitos com a dimensão
ambiente físico do que os que trabalhavam em setores abertos com atendimento a pacientes
com COVID-19 (p= 0,00). Conclusões: mediante a insatisfação com a promoção no trabalho,
evidencia-se a necessidade de construir estratégias que a tornem factível aos enfermeiros. A
satisfação dos enfermeiros com o trabalho enquanto propiciador de realização deve ser mantida
e qualificada a fim de promover saúde e bem-estar. Ademais, é necessária atenção à estrutura e
ao ambiente físico do trabalho no intuito de propiciar ambientes de trabalho favoráveis.
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