O gênero entre arenas e alianças: planos municipais de educação em municípios da região central do RS
Fecha
2023-12-15Primeiro membro da banca
Kehler, Gabriel dos Santos
Segundo membro da banca
Paixão, Márcia Eliane Leindcker da
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Compreende-se que o sistema sexo/gênero refere-se ao que fora construído
socialmente, de modo a fazer com que os sujeitos assumam um determinado papel
e/ou performance com base no que se costumou chamar de sexo biológico. Como
produto e produtor desse social, o sistema educacional projeta sobre os corpos
determinadas expectativas e dizeres, fazendo com que o que pode e não pode ser
dito sobre o gênero e a sexualidade esteja constantemente sob tensão. Isto posto,
toma-se como problemática: como Planos Municipais de Educação da região central
do Rio Grande do Sul produzem discursos que agenciam e interditam noções de
gênero e de sexualidade, constituindo um campo educativo em disputa? Para tanto,
a pesquisa desenha-se na análise cartográfica de políticas educativas com base na
abordagem do Ciclo de Políticas, particularmente, os contextos de influências e os
contextos de produção do texto, conforme estudos de Stephen John Ball. Os Planos
Municipais de Educação sob análise advém de quatro municípios, dentre os 33 que
fazem parte da Associação dos Municípios da Região Central do Estado
(AMCentro), sendo que tal recorte tomou como critério o número populacional,
sendo os dois municípios mais populosos (Santa Maria e Cachoeira do Sul) e os
menos populosos (Ivorá e Unistalda). O movimento cartográfico possibilitou, além da
analítica dos PMEs, a tentativa de vasculhar registros de notícias vinculadas às
temáticas de gênero e de sexualidade nos sites das prefeituras e/ou outras mídias.
Com isso, os achados de pesquisa reclamam por duas unidades de análise: “a arena
como possibilidade” e a “aliança como [in]visibilidade”. Estas unidades de análise
vão, paulatinamente, se colocando no transcorrer dos escritos e endereçando
discursos acerca de temas-noção de gênero e de sexualidade, destacando o campo
educativo como território de disputas. Isto posto, a proliferação de discursividades,
em torno dos PMEs, fazem alusão ao conflito e ao embate acerca dos temas-noção
de gênero/sexualidade e dobras possíveis em que estas questões encontram eco. O
empreendimento de análise, aqui, reverbera para o próprio terreno da insegurança
da política educativa, a qual cria e recria arenas incessantemente e, ao mesmo
tempo, requer alianças in/visíveis.
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