Integração de bioinseticidas com inseticidas químicos no controle de mosca-branca (Bemisia tabaci) na cultura da soja
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Date
2024-02-20Primeiro coorientador
Cargnelutti Filho, Alberto
Primeiro membro da banca
Zabot, Giovani Leone
Segundo membro da banca
Fiorin, Rubens Alex
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Um dos desafios significativos na produção de soja é o controle de pragas, com destaque para
a mosca-branca (Bemisia tabaci). Categorizada como praga de alto risco fitossanitário, a moscabranca é considerada uma das principais ameaças à soja. O manejo da mosca-branca representa
um desafio considerável, principalmente devido ao seu ciclo de vida relativamente curto, alta
taxa reprodutiva e à sua natureza como praga polífaga. Essas características fazem com que ela
esteja disposta a desenvolver resistência aos inseticidas químicos comumente utilizados para
seu controle. Neste contexto, o controle biológico emergiu como um agente crucial para a
inovação e sustentabilidade no controle da mosca-branca. Assim, o objetivo deste trabalho foi
avaliar os efeitos de bioinseticidas (fungos entomopatogênicos e extratos vegetais) aplicados
isoladamente e em combinação com inseticidas químicos no controle da mosca-branca na soja.
Foram realizados dois experimentos, com 14 tratamentos testados em condições de campo e
laboratório. No campo, os tratamentos envolveram duas pulverizações, com intervalo de 10
dias. A eficácia dos tratamentos foi avaliada em nove datas por meio da avaliação de adultos e
ninfas de mosca-branca. No laboratório, os tratamentos foram testados com a imersão das folhas
na solução inseticida e a eficácia foi avaliada em sete datas. Foram empregados delineamentos
em blocos casualizados e inteiramente casualizado para experimentos de campo e laboratório,
respectivamente. Ambos seguiram um modelo bifatorial, e a interação entre os fatores
analisados (tratamentos inseticidas x tempos de avaliação) foi significativa para ambos os
experimentos. Nos ensaios de campo, todos os tratamentos apresentaram efeito positivo no
controle da mosca-branca, com especial destaque para o grupo misto (bioinseticida + inseticida
químico), apresentando mortalidade significativa em ambos os estágios de B. tabaci em todas
as datas de avaliação. Notavelmente, a cepa ESALQ 1296 de Isaria fumosorosea, combinada
com o dinotefuran + piriproxyfen, obteve eficiência média de 91,9% no controle de adultos de
B. tabaci. Entretanto, no controle de ninfas de B. tabaci, a cepa ESALQ PL63 de Beauveria
bassiana misturada com dinotefuran + piriproxifeno alcançou a maior eficiência de controle
(78,1%). Dentre os fungos entomopatogênicos, a cepa PL 63 de Beauveria bassiana apresentou
maior eficiência média (83,6%) no controle adulto, enquanto a cepa ESALQ 1296 de Isaria
fumosorosea apresentou maior controle sobre ninfas (67,6%) de B. tabaci. Entre os extratos
vegetais, o extrato do fruto de Trichilia claussenii apresentou as maiores médias de controle
(88,6% e 69,2% para adultos e ninfas de B. tabaci, respectivamente), destacando-se
positivamente e diferenciando-se dos demais. Em testes de laboratório, todos os tratamentos
alcançaram 100% de controle de B. tabaci após sete dias. As altas eficiências observadas
demonstram que os inseticidas biológicos são aliados positivos cruciais no controle da moscabranca na soja, reduzindo custos, mitigando a seleção de resistência aos insetos e minimizando
os impactos ambientais.
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