Campo experimental de Cruz Alta (RS): interpretação de provas de carga estáticas em estacas escavadas em solo potencialmente colapsível
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Data
2024-01-29Primeiro membro da banca
Noreña, Pablo Cesar Trejo
Segundo membro da banca
Jesus, Tiago Souza de
Terceiro membro da banca
Faro, Vitor Pereira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta pesquisa apresenta a avaliação de um conjunto de 20 ensaios de provas de carga estáticas, realizadas em estacas de 3,00m e 6,00m de comprimento com 0,30 m de diâmetro, escavadas em solo laterítico e possivelmente colapsível, executadas no Campo Experimental, na cidade de Cruz Alta/RS. Das provas de carga estáticas analisadas, 16 delas pertenciam ao banco de dados local e quatro delas foram realizadas no decorrer desta pesquisa, representando resultados de estacas escavadas com o comprimento de 6,00m, em condição de solo inundado. Nas análises realizadas, demonstra-se que as estacas escavadas do campo experimental, quando avaliadas na condição de umidade natural e em primeira PCE, funcionam como estacas de atrito lateral, com baixa presença de resistência de ponta. Em média, a avaliação pelo método da rigidez indica que as estacas escavadas de 3,00m podem resistir a até 100kN por atrito lateral e as de 6,00m até 200kN por atrito lateral. Já a resistênciade ponta, quando há viabilidade de manifestação, pode ocorrer com as estacas apresentando recalques na ordem da “ruptura” convencional, ao se executar estacas escavadas com reforço na ponta de brita esse efeito é atenuado. O valor de atrito lateral desenvolvido quando o solo se encontra em umidade natural indica que a capacidade da carga das estacas é acima da média, possivelmente devido ao caráter laterítico das argilas da região. Contudo, quando o solo é inundado ocorre a tendência de redução de capacidade de carga das estacas no ensaio de PCE (recarregamentos) de até 33% para as estacas escavadas de 3,00m de ponta convencional, 43% para as de ponta reforçada de 3,00m e 31% para as estacas e 6,00m. A separação do atrito lateral e da resistência de ponta não pode ser realizada nos casos em que se inundou o solo, pois a presença de cargas residuais impacta as observações no gráfico da rigidez, sendo que nestes casos a reta que conduz a rigidez nula descreve o atrito lateral na ruptura, acrescido do efeito da carga residual, aprisionada na ponta da estaca.
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