Solo do Rio Grande do Sul e sua relação com o clima
Fecha
2008-12-19Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A relação entre solo e clima têm sido, ao longo do tempo, a base do mapeamento dos
solos e da vegetação em escala global. No Rio Grande do Sul ainda existem poucos estudos
que relacionam a formação do solo com o clima. A formação do solo decorre do
intemperismo das rochas. Os elementos climáticos, precipitação pluvial e temperaturado ar,
determinam a natureza e a velocidade das reações químicas nas rochas e influenciam na
pedogênese. A relação entre solo e clima pode ser estudada por meio de modelos
edafoclimáticos e de intemperismo. Assim, os objetivos nesta tese foram: (i) determinar a
influência das disponibilidades climáticas no tipo de intemperismo e na formação dos solos
do Rio Grande do Sul; (ii) determinar a relação entre solo e clima no Estado do Rio Grande
do Sul por meio da utilização de modelos edafoclimáticos; e (iii) evidenciar os solos zonais do
Rio Grande do Sul e determinar sua localização geográfica. Para atingir os objetivos, foram
utilizados três modelos matemáticos a fim de determinar as características do intemperismo.
No cálculo, e representação gráfica dos modelos, utilizaram-se as médias anuais de
temperatura do ar e de precipitação pluvial de 41 estações meteorológicas pertencentes ao 8º
Distrito de Meteorologia (8º DISME), período 1931-1960. A relação do solo do Rio Grande
do Sul com as disponibilidades climáticas regionais foi estudada por meio de sete modelos
edafoclimáticos. Constatou-se que os solos do Estado são submetidos a condições de zonas
temperadas quentes, que favorecem o intemperismo químico e as condições de alteração e de
lixiviação típicas da zona de monossialitização. O Estado do Rio Grande do Sul é uma região
com características de solos com perfis profundos e bem desenvolvidos que podem
condicionar uma vegetação natural do tipo bosque. Assim, apenas uma parte da área do Rio
Grande do Sul é explicada em função das disponibilidades climáticas vigentes, especialmente
aquelas que são mapeadas como sendo de Latossolos, Chernossolos, Argissolos e de
Nitossolos e Argissolos, predominantemente localizados no Planalto Norte-rio-grandense e na
Depressão Central, respectivamente. Os solos zonais do Rio Grande do Sul dividem-se em
dois grupos, os Lateríticos e os Pedalférricos, porém a relação entre o clima e a diversidade
dos tipos de solos existentes no Ebstado não pode ser explicada unicamente por meio das
disponibilidades climáticas.