Colaboração interprofissional entre as equipes de saúde na transferência do cuidado nos serviços de urgência e emergência
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Data
2023-08-25Primeiro membro da banca
Beck, Carmem Lúcia Colome
Segundo membro da banca
Silva, Rosângela Marion da
Terceiro membro da banca
Santos, José Luis Guedes dos
Quarto membro da banca
Leonello, Valéria Marli
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Tem-se como objetivo principal analisar a colaboração interprofissional entre as equipes de saúde na transferência do cuidado pré-hospitalar. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, fundamentada no modelo de colaboração interprofissional de D´Amour. O estudo de caso foi realizado no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do município de Santa Maria-RS e nos serviços de destino da transferência do cuidado realizada pelo SAMU, sendo estes: a unidade de Pronto-Atendimento 24 Horas (UPA), o Pronto Atendimento Municipal (PAM) e Pronto-Socorro (PS). Os dados foram coletados no período de fevereiro de 2021 e de abril a agosto de 2021; visando a triangulação de fontes de evidências, com base em pesquisa documental, entrevista e observação sistemática. A apreciação dos dados se deu mediante a análise temática de conteúdo e foi referenciada na tipologia da colaboração interprofissional de D´Amour. Foram analisados os boletins de atendimento entregues pelo SAMU ao serviço e as evoluções de enfermagem e médica após o recebimento do paciente pelo SAMU. Foram entrevistados 44 profissionais, dentre médicos, enfermeiros, técnicos/auxiliares de enfermagem dos serviços supracitados e os condutores das ambulâncias do SAMU e realizadas um total de 449 horas de observação junto às equipes. Os achados deste estudo permitiram a organização dos resultados em três manuscritos. O primeiro foi composto com duas categorias temáticas que desvelaram dificuldades para o desenvolvimento de práticas colaborativas, como falta de conhecimento do funcionamento dos outros serviços e das competências profissionais e de diálogo e motivação entre as equipes. O segundo manuscrito, foi formado duas categorias que revelaram a troca incompleta de informações entre as equipes e a falta de padronização destas, além de meios de comunicação pouco eficientes. Há pouco esforço de alguns gestores para proporcionar um ambiente organizacional que fortaleça a colaboração interprofissional na transferência do cuidado pré-hospitalar. O terceiro manuscrito, evidenciou colaboração interprofissional em desenvolvimento na transferência do cuidado pré-hospitalar. Isto indica tímidas transformações das práticas profissionais, especialmente atreladas as atitudes de lideranças, que favoreceram a atuação política dos gestores no desenvolvimento da colaboração interprofissional, o que culminou na criação dos acordos formais e informais. A partir dos resultados concluiu-se que há algumas transformações das práticas profissionais, porém pode-se dizer que a colaboração interprofissional não foi evidenciada, efetivamente, nas organizações e entre os profissionais, o que pode resultar em serviços que são menos eficientes.
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