Interação de Propaquizafop com herbicidas utilizados em arroz tolerante a inibidores de ACCase
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Data
2024-02-19Primeiro coorientador
Bernardi, Oderlei
Primeiro membro da banca
Zanon, Alencar Junior
Segundo membro da banca
Zandoná, Renan Ricardo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As plantas daninhas tem potencial de causar elevadas perdas na lavoura de arroz irrigado (Oryza
sativa), destacando-se entre as principais o arroz-daninho (Oryza sativa), capim-arroz
(Echinochloa spp.) e o junquinho (Cyperus spp.). Devido aos casos de resistência a herbicidas,
novas tecnologias surgiram na safra 22/23para controlar as plantas daninhas em pós emergência
da cultura, como o arroz tolerante a inibidores da ACCase. No entanto esses herbicidas
controlam apenas plantas da Família Poaceae, havendo a necessidade de outros herbicidas para
o controle de eudicotiledôneas e ciperáceas. Porém, é preciso compreender a interação dos
herbicidas em mistura em tanque, podendo resultar em antagonismo, sinergismo ou aditividade.
Para isso, foram conduzidos três estudos, sendo dois em casa de vegetação em Santa Maria-RS
e um a campo nos municípios de Dom Pedrito-RS e Formigueiro-RS. O primeiro estudo foram
curvas dose-resposta para avaliação de herbicidas em Oryza sativa, Echinochloa colona e
Cyperus iria testando-se as doses até 64x a dose recomentada. O segundo foi composto por
isobologramas para as espécies citadas, cujas misturas foram arranjadas em diferentes doses e
proporções dos herbicidas, sendo elas: 100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100. Para o terceiro foi
realizado experimento a campo para avaliar a interação entre as misturas de herbicidas com o
propaquizafop e o desempenho da cultura do arroz. Foram avaliadas as misturas de
propaquizafop com bentazon, florpyrauxifen-benzyl (a campo e em casa de vegetação),
propanil, penoxsulan, carfentrazone, quincloraque e saflufenacil (a campo). As variáveis
analisadas foram o controle e massa seca das plantas daninhas, e para a cultura do arroz a
fitotoxicidade, produtividade e os componentes de rendimento. A análise dos dados foi
realizada utilizando o software R, e a fórmula de Colby, comparando os herbicidas isolados e
em mistura. As curvas de dose-resposta para os herbicidas propaquizafop, florpyrauxifenbenzyl
e bentazon ajustaram-se ao modelo, permitindo a estimativa da ED50 para cada herbicida
e espécie daninha avaliada. Para o isobolograma, houve ajuste para a mistura de propaquizafop
com florpyrauxifen, em arroz-daninho a mistura foi aditiva independente da proporção, já para
capim-arroz, na proporção de 25:75 (propaquizafop:florpyrauxifen) a mistura foi sinérgica, com
50:50 foi antagônica e para 75:25 foi aditiva. Para o experimento em condição de campo, a
maioria das interações foram aditivas, enquanto que a mistura de propaquizafop com propanil
foi antagônica, resultando em menor controle, produtividade e em componentes de
produtividade. A mistura de propaquizafop com outros herbicidas utilizados em arroz pode ser
utilizada para ampliar o espectro de controle, tomando o cuidado com a mistura com propanil.
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