Ativação da solução irrigadora em endodontia: tendências de uso no Brasil e a influência sobre a resistência de união de um cimento biocerâmico
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Fecha
2024-01-05Primeiro coorientador
Bier, Carlos Alexandre Souza
Primeiro membro da banca
Wolle, Carlos Frederico Brilhante
Segundo membro da banca
Jardim, Luísa Comerlato
Terceiro membro da banca
Bello, Mariana de Carlo
Quarto membro da banca
Martelo, Roberta Bosso
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A presente tese investigou a aplicação de métodos de ativação da solução irrigadora e suas
potenciais vantagens no tratamento endodôntico, por meio de um estudo observacional
transversal e um estudo in vitro. No primeiro estudo (Artigo 1), foi avaliada a utilização de
técnicas de ativação da solução irrigadora entre endodontistas brasileiros. Os participantes
receberam um questionário eletrônico composto por 16 perguntas, contendo questões
relacionadas às características sociodemográficas e profissionais, além de perguntas sobre
protocolos de irrigação e ativação do irrigante. Foram coletadas 282 respostas válidas, entre
junho de 2022 e outubro de 2023. Os dados foram analisados de forma descritiva e pelo teste
qui-quadrado (α=0.05). A maior parte dos participantes era do sexo feminino (61,3%), com
média de 14,5 anos de graduação em Odontologia e 10,2 anos de especialização em Endodontia.
Os entrevistados residiam principalmente nas regiões Sul (49,6%) e Sudeste (32,3%), sendo
que a maioria (44,3%) trabalhava exclusivamente em consultório particular. Hipoclorito de
sódio (75,9%) e ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) (92,9%) foram as soluções
irrigadoras mais citadas durante o preparo químico-mecânico. Dentre as razões para selecionar
o irrigante, a capacidade antimicrobiana foi considerada a mais importante. Já a limpeza de
istmos e ramificações foi a principal razão para usar métodos de ativação. Além disso, 78,3%
relataram sempre utilizar algum tipo de ativação. A irrigação ultrassônica passiva foi a técnica
mais popular, seguida pelo instrumento Easy Clean. Apenas o local de trabalho influenciou
significativamente o uso de técnicas de ativação (P<0,01). No segundo estudo (Artigo 2), o
objetivo foi analisar a influência de diferentes soluções irrigadoras empregadas na remoção da
smear layer (EDTA, ácido peracético e soro fisiológico), ativadas ou não, na resistência de
união de um cimento endodôntico à base de silicato de cálcio. Foram utilizados 90 dentes
humanos unirradiculares, distribuídos aleatoriamente em 6 grupos experimentais (n=15),
conforme o protocolo de irrigação final. Nos grupos sem ativação, os canais foram inundados
por 5 minutos para que ocorresse a ação do respectivo irrigante. Nos grupos com ativação, as
soluções irrigadoras foram agitadas com o instrumento Easy Clean. A seguir, os canais
radiculares foram obturados com o cimento AH Plus Bioceramic Sealer, empregando a técnica
de cone único. As raízes foram seccionadas transversalmente em fatias de 1,5 mm de espessura
(± 0,3 mm) e foi realizado o teste push-out. Tais fatias foram posteriormente analisadas em
estereomicroscópio para determinar o padrão de falha. Comparando os grupos não ativados, o
ácido peracético mostrou maiores valores de resistência de união do que EDTA e soro
fisiológico. Entre os grupos ativados, EDTA obteve resultados superiores à solução fisiológica.
Considerando o mesmo irrigante, não houve diferença entre os grupos ativado e não ativado. A
maioria das amostras apresentou falha mista. Em suma, os achados da presente tese contribuem
para uma melhor compreensão da utilização e da importância das técnicas de ativação da
solução irrigadora na prática endodôntica.
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