O jockey negro Antônio Chrispim: modernidade e exclusão – uma integração híbrida em Recife (1888-1889)
Fecha
2024-01-25Primeiro membro da banca
Vargas, Jonas Moreira
Segundo membro da banca
Melo, Victor Andrade
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Entre 1888 e 1889, o jóquei negro Antônio Chrispim de Oliveira era tido como uma das principais "estrelas" do turfe Pernambucano. Chrispim disputava páreos nas três instituições que movimentavam a vida urbana, social e econômica da cidade de Recife: o Prado Pernambucano, Hipódromo do Campo Grande e Derby Club de Pernambuco. Devido ao grande destaque que o turfe proporcionava para uma parcela dos jóqueis, era comum que os mesmos fossem convidados para os eventos dos agentes que estavam por trás do turfe – homens ligados à elite política e econômica. Foi através de um desses eventos que Antônio Chrispim conheceu uma moça maior de idade, filha de um rico e influente comerciante português da cidade de Recife. À medida que os dois mantiveram relações afetivas e, por não possuírem o consentimento do comerciante, ambos planejaram uma fuga para se casarem; no entanto, o casal foi encontrado, e Chrispim foi acusado de sequestro. Logo, o esportista foi preso, agredido e obrigado a se alistar na Marinha, sendo enviado para a colônia penal de Fernando de Noronha. A partir deste momento, ocorreram uma série de manifestações organizadas pela população negra da cidade. A partir deste caso, tenho como intuito analisar como a população negra foi integrada e desintegrada da sociedade após a abolição do sistema escravista. Para tal, tenho como aporte teórico as obras "Revolução Burguesa no Brasil" e "Integração do Negro na Sociedade de Classe", de Florestan Fernandes. Para a construção da pesquisa, utilizei as fontes periódicas, sobretudo pesquisadas na Hemeroteca Digital Brasileira (HDB). Referente ao manejo documental, tive como apoio a obra de Victor Andrade de Melo, Maurício Drummond, Rafael Fortes e João Malaia Santos, intitulada "Pesquisa Histórica e História do Esporte". Por fim, destaco que o caso Chrispim permite compreender uma série de elementos da sociedade pernambucana e brasileira no fim do século XIX. O presente estudo está inserido na linha de pesquisa Fronteira, Política e Sociedade e contou com financiamento do programa CAPES/DS.
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