Análise do flavonoide crisina por QuEChERS modificado e HPLC-DAD e co-encapsulação com probióticos
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Date
2024-04-26Primeiro coorientador
Kemmerich, Magali
Primeiro membro da banca
Goes, André Riago Rossito
Segundo membro da banca
Rockembach, Caroline Tuchtenhagen
Terceiro membro da banca
Silva, Thaiane Marques da
Quarto membro da banca
Del Fabbro, Lucian
Metadata
Show full item recordAbstract
O flavonoide crisina possui inúmeros efeitos bioativos. Apesar de estar presente em fontes
naturais, a maioria dos bioensaios não utiliza fontes naturais para obtenção da crisina. Isto
decorre da falta de trabalhos que demonstrem o teor de crisina em fontes naturais e métodos
analíticos adequados. O primeiro objetivo deste trabalho foi adaptar e validar um método
QuEChERS (rápido, fácil, barato, efetivo, robusto e seguro), seguido de análise por
cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (HPLC-DAD) para
determinação de crisina em espécies de Passiflora, e aplicar este método para quantificação
de crisina em folhas, polpa e casca de Passiflora caerulea. Os parâmetros de exatidão,
precisão e precisão intermediária apresentaram resultados adequados, com efeito matriz
significativo para polpa e casca. O limite de quantificação foi de 0,08, 0,01 e 0,014 mg kg-1
para folha, polpa e casca, respectivamente. As folhas e casca verde apresentaram os maiores
teores de crisina e o melhor potencial antioxidante, e a digestão gastrointestinal in vitro não
alterou a bioacessibilidade da crisina. O segundo objetivo foi avaliar a viabilidade da coencapsulação
de crisina e Lactiplantibacillus plantarum (L. plantarum). Os esforços
concentraram-se primeiramente em catalogar as metodologias usadas para encapsulação da
crisina já documentadas na literatura. Observou-se que não havia nenhum trabalho associando
probióticos e crisina, e verificou-se a escassez do uso de técnicas verdes e tradicionais, como
a gelificação iônica externa. A partir disso, cepas de L. plantarum foram co-encapsuladas na
concentração de 10 UFC mL-1 com a crisina nas concentrações de 0,1, 0,25 e 0,5 %. A
eficiência de encapsulação para o probiótico foi de 90%, e para a crisina foi de 54 a 84 %. As
micropartículas foram submetidas à pasteurização e à simulação da digestão gastrointestinal,
obtendo-se contagens de probióticos e níveis de crisina satisfatórios. A estabilidade das
cápsulas foi avaliada durante 120 dias sob 3 diferentes condições de temperatura (25, 8 e -18
°C). A estabilidade dos probióticos não foi afetada pela concentração de crisina, e a melhor
estabilidade de L. plantarum ocorreu na temperatura de -18 °C. O teor de crisina não foi
substancialmente modificado ao longo dos 120 dias de estudo em nenhuma das concentrações
e temperaturas. Demonstrou-se, pela primeira vez, um método validado de QuEChERS
modificado seguido de análise HPLC-DAD que pode ser aplicado para análise de crisina em
espécies de Passiflora. Observou-se que as folhas de Passiflora caerulea são ótimas fontes de
crisina e possuem potencial antioxidante, seguidas pela casca verde, e que a bioacessibilidade
da crisina nestas matrizes não é alterada pela digestão gastrointestinal. A co-encapsulação de
L. plantarum e crisina mostrou-se viável, com a crisina não exercendo toxicidade aguda ou
crônica nos probióticos, e a encapsulação sendo benéfica para a estabilidade dos agentes
encapsulados. Como perspectivas, vislumbra-se estudar a aplicação das folhas e casca verde
de Passiflora caerulea como fonte de crisina na co-encapsulação com probióticos e como
fonte de crisina em formulações nutracêuticas ou alimentares, bem como o estudo do efeito
bioativo das microcápsulas em ensaios in vitro e in vivo.
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