Desempenho do girassol em diferentes épocas de semeadura na região noroeste do Rio Grande do Sul.
Resumo
A produção de girassol (Helianthus annuus L) no Brasil está em expansão, destaca-se o Sul com uma área cultivada de 17% com a oleaginosa. O desempenho do girassol está diretamente relacionado à escolha da época de semeadura, do genótipo, do manejo adequado do solo e fertilidade, sistema de rotação, da sucessão de culturas e especialmente dos fatores ambientais. A cultura que se adapta a
diferentes condições edafoclimáticas, podendo ser cultivada em quase todo o Brasil. Com base nisto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência do ambiente de cultivo e da época de semeadura sobre caracteres morfológicos e fenológicos da cultura do girassol. Além de identificar as principais fases do desenvolvimento da cultura dentro das épocas de semeadura testadas. Também se objetivou construir um modelo com base em equações de regressão linear múltipla que expressem o crescimento da cultura do girassol nas condições de campo. E, desta forma possa ser empregado como ferramenta para se estimar o potencial produtivo da cultura do girassol para a região Noroeste
do RS, com base na projeção das variáveis meteorológicas para o período e do manejo desde a implantação até a colheita desta importante oleaginosa. Para isto, foram avaliados os genótipos Hélio 250, 251, 358; 884 e 885 na safra 2008-09 e os genótipos Hélio 250, 251, 253; 360, HLA 211 e Paraíso 33 na safra 2009-10 em três épocas (agosto, outubro e dezembro). O experimento foi conduzido em blocos completos com quatro repetições no Campus da UFSM em Frederico Westphalen, na região noroeste do RS. As variáveis avaliadas foram altura de planta, tamanho do capítulo, massa de mil aquênios e o rendimento. As variáveis morfológicas avaliadas foram altura de planta (AP), tamanho do capítulo (TC), massa de mil aquênios (MMA) e o rendimento (REND). Os
caracteres fenológicos foram dias da semeadura a emergência (S-E), dias da emergência a floração inicial (E-FI), dias da floração inicial a floração plena (FI-FP) e dias da floração plena a maturação fisiológica (FP-MF). Realizaram-se análises individuais e conjuntas e as médias comparadas pelo
teste de Tukey a 5%. Os modelos estimados a partir de equações de regressão linear múltipla, através do método Backward, em nível de 5% de probabilidade de erro. As variáveis independentes de entrada nos modelos foram: a TM, TMin, TMax, PP, e a GD de cada fase fenológica. As variáveis
dependentes foram às fases fenológicas e o rendimento. A variável morfológica altura de planta é influenciada pelo ambiente e por épocas de semeadura, para o tamanho do capítulo ocorre influência do ambiente e para o rendimento verificou-se que responde positivamente a condições ambientais e a épocas de semeadura. Para os caracteres fenológicos estudados ocorre também influência da
época de semeadura, com exceção da variável início da floração a floração plena que não apresenta interferência da época de semeadura. Quando avaliado a interferência das variáveis agrometeorológicas, pode-se afirmar que não houve interação entre estas e as variáveis dependentes, podendo-se dizer que a soma térmica e as temperaturas máximas e mínimas são determinantes para os subperiodos fenológicas da cultura do girassol, sendo o rendimento de aquênios influenciado somente pela soma térmica dos subperiodos da semeadura a emergência, desta com a floração inicial e a floração plena. Quanto às épocas de semeadura, a de agosto
acarreta aumento do ciclo da planta, enquanto que a de dezembro determina redução do ciclo, e que, a época de semeadura de outubro é a fase preferencial da cultura para a região Noroeste do Rio Grande do Sul.