O lance é recordar: os usos dos testemunhos de torcedores na construção das memórias e identidades de times de futebol nos documentários da G7 Cinema
Fecha
2024-04-25Primeiro membro da banca
Silva, Denise Tavares da
Segundo membro da banca
Guindani, Joel Felipe
Terceiro membro da banca
Santos, João Manuel Casquinha Malaia
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O presente trabalho coloca em jogo as memórias e identidades de times de futebol
no cinema, tendo como bandeirão de fundo o fenômeno da cultura da memória. A
partir de 1980, as memórias vão ganhar cada vez mais campos (WINTER, 2006) na
medida em que os elementos do passado vão estar cada vez mais presentes na
sociedade ocidental, o que Huyssen (2000) chamou de cultura da memória. Nos
gramados do futebol e do cinema é possível observar o fenômeno olhando para a
produtora G7 Cinema. A empresa comercializou 10 documentários sobre
experiências passadas de times de futebol. Dado o apito inicial, buscamos
responder o seguinte problema de pesquisa: como os usos dos testemunhos de
torcedores colaboram na construção das memórias e identidades de times de futebol
nos documentários da G7 Cinema? No trabalho, treinamos os conceitos de memória
com base em Jan Assmann (2016), Aleida Assmann (2011) e Joël Candau (2021)
batendo uma bola com o conceito de identidade sob o olhar de Stuart Hall (2006,
2009) e Manuel Castells (1999). Também discutimos o documentário enquanto mídia
de memória com base em Aleida Assmann (2011) e Cássio Tomaim (2016). Como
procedimento metodológico, realizamos as seguintes movimentações de pesquisa:
exploratória, bibliográfica, documental e de análise fílmica. Ao jogar o jogo podemos
apontar como resultado, que nos filmes Fiel – O Filme (2009), Soberano - Seis
Vezes São Paulo (2010) e Supremacia Vermelha – 100 anos de Grenal (2010) os
usos dos testemunhos de torcedores, nas dimensões da direção de arte, direção de
fotografia e montagem acentuam elementos simbólicos de pertencimento dos
clubes. Ao passo que as recordações dos torcedores se transformam em memórias
comunicativas, suportadas e preservadas em mídias de memórias, como nos
documentários aqui analisados, roteirizadas no intuito de conectarem sentimentos e
experiências vividas em torno de momentos históricos dos clubes de futebol,
podemos afirmar que essas produções audiovisuais buscam nas memórias afetivas
dos torcedores elementos que entrelaçam memórias individuais e memórias
coletivas no sentido de transmissão de uma memória cultural dos clubes de futebol
em torno de um passado comemorativo.
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