Experiências de profissionais da saúde sobre identificação e manejo de risco ao psiquismo materno
Fecha
2023-06-06Primeiro coorientador
Souza, Ana Paula Ramos de
Primeiro membro da banca
Arpini, Dorian Mônica
Segundo membro da banca
Costenaro, Regina Gema Santini
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A perinatalidade é um período que pode ser vivenciado de modo intenso pela mulher. Fase de grandes mudanças hormonais, físicas e emocionais ocasionadas pela gestação e cuidado de um bebê. A condição emocional da gestante/puérpera pode influenciar na constituição psíquica do bebê e no vínculo entre a mãe e o bebê, de forma que prestar atenção a esse momento de vida da mulher é de extrema relevância para a prevenção da saúde da dupla mãe- bebê. Acredita-se que uma das portas de acesso para esse trabalho é a atenção básica, por meio dos profissionais que realizam o suporte às mulheres no pré-natal e puericultura. Partindo disso, realizou-se uma pesquisa qualitativa com o objetivo de conhecer as experiências de profissionais que atuam na linha de cuidado em saúde materno-infantil na atenção primária, com foco na saúde mental da gestante/puérpera e seus efeitos na constituição psíquica do bebê. Profissionais de uma Estratégia de Saúde da Família - ESF de Santa Maria, RS, foram acessados por meio de uma entrevista com perguntas semiestruturadas. A análise das informações ocorreu a partir da análise de conteúdo seguindo os preceitos de Laurence Bardin (2016), com a construção de categorias temáticas. Os resultados da pesquisa estão apresentados em dois artigos. O primeiro apresenta a perspectiva dos profissionais de saúde sobre aspectos de identificação e manejo de risco psíquico na perinatalidade. O segundo aborda a saúde mental dos profissionais e o impacto dela no cuidado e manejo de gestantes e puérperas. A pesquisa concluiu que os profissionais identificam sinais de risco psíquico nas mulheres atendidas e demonstram implicação significativa com o cuidado, mas parecem ter dificuldades para se situar em uma posição de reserva emocional. Essa dificuldade parece impactar na saúde emocional dos profissionais, sobrecarregando-os e prejudicando o compartilhamento do cuidado com as usuárias e outros membros da rede de atenção. Destaca-se a importância de um olhar de cuidado para os profissionais que trabalham na identificação e proteção das gestantes e puérperas que frequentam o serviço de atenção básica, no intuito de fortalecer as bases de suporte emocional dos profissionais, contribuindo assim para a promoção de saúde de modo ampliado, favorecendo o bem-estar e melhor manejo tanto do profissional nos espaços de saúde, quanto dos usuários do serviço.
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