Cartografia escolar e mapeamento participativo no ensino de Geografia: práticas pedagógicas no ensino fundamental
Visualizar/ Abrir
Data
2024-04-05Primeiro coorientador
Petsch, Carina
Primeiro membro da banca
Trentin, Romário
Segundo membro da banca
Cabral, Tiele Lopes
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A Cartografia Escolar surge da interação entre Cartografia, Educação e Geografia, portanto, fomenta a inserção de conceitos cartográficos na aula de Geografia. Diante, disso essa dissertação explora o potencial da Cartografia escolar no Ensino Fundamental II, com o objetivo de propor um Mapeamento Participativo visando auxiliar na Alfabetização e Letramento Cartográfico de alunos da Educação Básica, motivando a compreensão do espaço vivido. A presente pesquisa se estruturou em três etapas. A primeira, se refere a oficinas para Alfabetização e Letramento Cartográfico, baseadas em Simielli (1999) e Rizzatti (2016, 2018, 2022), portanto, foram propostas atividades teóricas e práticas para o domínio das noções cartográficas pelos alunos. A segunda etapa se refere a construção de um mapa participativo sobre problemas socioambientais, coletando dados em campo e validando-os em sala de aula. A terceira etapa se refere a aplicação da Matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats), que avaliou o cenário desta pesquisa em pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. Participaram da atividade 27 alunos do sétimo ano, divididos nas turmas X e Y. Quanto aos resultados, de forma geral, os alunos demonstram aprimoramento gradual em seu domínio das noções cartográficas ao longo das oficinas. Embora, as noções de alfabeto cartográfico, legenda e escala/proporção foram as que geraram mais dúvidas nos alunos, pois trata-se de elementos abstratos ou que necessitam recorrer a conceitos matemáticos, para seu entendimento. Durante a elaboração do mapa participativo, na etapa do trabalho de campo, a turma X coletou 56 pontos e a turma Y 70 pontos. Nas duas turmas, a maioria dos pontos se relacionaram ao descarte de lixo em local impróprio, falta de saneamento básico e infraestrutura urbana precária. A turma Y teve uma maior diversidade de problemas socioambientais identificados, como risco de dengue e áreas de inundação. Durante este processo os alunos demonstraram estar alfabetizados cartograficamente, tendo em vista, que participaram de todas as etapas de elaboração do mapa participativo. O Letramento Cartográfico também ocorreu, na medida, em que os alunos identificaram e debateram sobre os problemas socioambientais no espaço vivido. A Matriz SWOT revelou que as principais forças se remetem a interação da Cartografia Escolar com o Ensino do Lugar praticados de forma ativa com as Geotecnologias. As fraquezas se concentraram nos riscos relacionados à aplicabilidade e eficiência das atividades, como o não preparo do professor para lidar com as Geotecnologias e os conceitos cartográficos. As oportunidades se destacaram nas ações de interação entre o Ensino Superior e a Educação Básica. As ameaças evidenciaram as restrições externas, incluindo falta de internet ou energia elétrica. As Geotecnologias se configuram como uma força quando utilizadas de forma adequada, mas também podem se tornar uma fraqueza diante da ausência de internet e dificuldades do professor no manuseio. Dessa maneira, a Cartografia Escolar aliada a Cartografia Participativa, propiciaram uma aprendizagem da Geografia mais significativa e contextualizada ao cotidiano dos participantes.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: