O trabalho doméstico não remunerado na publicidade: as estruturas de sentimento da marca “Mr. Músculo”
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Fecha
2024-03-12Primeiro membro da banca
Petermann, Juliana
Segundo membro da banca
Oliveira-Cruz, Milena Carvalho Bezerra Freire de
Terceiro membro da banca
Leite, Francisco Vanildo
Quarto membro da banca
Fraga, Alexandre Barbosa
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A presente pesquisa tem como foco questionar o modo como foram construídas as relações entre gênero e o trabalho doméstico não remunerado em 8 audiovisuais da marca Mr. Músculo e para isto, utiliza a episteme dos Estudos Culturais Elencamos como problema de pesquisa Como foram construídas as relações entre gênero e o trabalho doméstico não remunerado nas campanhas da empresa Mr. Músculo. Como objetivo geral investigar quais os sentidos produzidos pelos audiovisuais da marca Mr. Músculo, relacionando com as concepções sobre gênero e trabalho doméstico não remunerado presentes na cultura vivida e suas representações nas peças publicitárias, para identificar elementos que mostrem continuidades e/ou rupturas, no que dizem respeito ao papel da mulher e do homem dentro destes espaços. Como objetivos específicos, pretendemos: contextualizar sobre o trabalho doméstico não remunerado no âmbito da cultura vivida; identificar, através dos elementos da cultura vivida presentes no discurso dos audiovisuais analisados, quais foram as representações de gênero e seus papéis dentro do espaço doméstico; apontar quais são as continuidades, rupturas e pautas acionadas no discurso da marca, por meio das estruturas de sentimento. Para isso, optamos pela elaboração de um percurso metodológico próprio, tendo como base a perspectiva da Análise Cultural (midiática) e o instrumento analítico da análise textual de Cassetti e Chio (1999). Identificamos que a marca passou por um reposicionamento ao longo dos anos, inicialmente com um discurso mais tradicional de publicidade que reforçava a hierarquização e segregação de gênero, destacando o trabalho doméstico não remunerado. No entanto, ao longo do tempo, afastou-se desse discurso ao incluir a mulher no mercado de trabalho e o homem no espaço doméstico, chegando em 2019 com a pauta do compartilhamento de atividades. A análise dos audiovisuais da marca revelou que ela se distanciou de significações mais antigas sobre os papéis de gênero, embora ainda conserve características de discriminação, como a exaltação de casais heteronormativos e a representação limitada de classes sociais em suas campanhas. A pesquisa também revelou que as estruturas de sentimento da marca não são estáticas, mas estão em constante evolução, apontamos também a hibridização das estruturas de sentimento, identificada como uma prática mercadológica para incluir pautas progressistas na publicidade. Por meio de nosso processo de análise, pudemos concluir que houve um reposicionamento da marca ao longo dos anos, incialmente havia uma maior afinidade com modelos “tradicionais de publicidade”, retomando significações sobre a hierarquização e segregação entre os gêneros, no que se refere ao trabalho doméstico não remunerado, porém ao longo do tempo foi distanciando-se deste discurso ao trazer para seus textos a inclusão da mulher no mercado de trabalho e a do homem no interior do espaço doméstico, chegando em 2019 com a pauta do compartilhamento de atividades
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