A guerra espiritual em voto: a circulação de sentidos no acontecimento #bolsonarosatanista nas eleições presidenciais de 2022
Fecha
2024-04-30Primeiro membro da banca
Sbardelotto, Moisés
Segundo membro da banca
Regiani, Herivelton
Terceiro membro da banca
Storch, Laura Strelow
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A plataformização, conforme descrita por Van Dijck et al. (2018), refere-se a um estágio da sociedade conectada em que as plataformas digitais penetram profundamente nas estruturas sociais, afetando instituições, transações econômicas, práticas culturais e sociais, assim, reproduzindo as estruturas sociais existentes. Ainda, com a midiatização em decurso, percebemos que as redes sociais têm desempenhado um papel cada vez mais significativo em uma contínua circulação de significados e respostas dentro da sociedade, o fluxo comunicacional contínuo e adiante dinamiza as passagens de narrativas, contribuindo para a formação de um sistema de resposta social que reage e responde às mensagens e aos eventos que circulam na sociedade (Braga, 2017a). A partir desse contexto, percorremos as complexas inter-relações entre política, religião e o impacto das transformações comunicacionais e sociais, trazendo aspectos do uso das redes e seus impactos na desinformação; a ascensão do conservadorismo e a teologia da guerra espiritual (Guadalupe; Grundberger, 2019), a qual metaforicamente relacionamos a ultra política e seus impactos na democracia brasileira. Com a apropriação metodológica da individualização do acontecimento, de França e Lopes (2017), investigamos como o acontecimento #bolsonarosatanista irrompeu no Twitter (atual X) durante o segundo turno das eleições presidenciais brasileiras de 2022. Utilizamos a circulação de sentidos e o fluxo adiante segundo Braga (2017a, 2017b) para analisarmos a disputa de sentidos religiosos circulados em torno da hashtag, revelando uma instrumentalização da fé e uma simbiose entre discursos políticos e religiosos. Identificamos os desdobramentos e apropriação das pautas religiosas nas eleições, destacando o papel das forças conservadoras e evangélicas na política e a subversão das narrativas religiosas tradicionais.
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