O evolucionismo de John Rogers Commons: o processo de seleção artificial
Fecha
2024-03-11Primeiro membro da banca
Martinelli Júnior, Orlando
Segundo membro da banca
Fracalanza, Paulo Sérgio
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
A abordagem evolucionária delineada por John Rogers Commons se distancia dos preceitos de outros pensadores institucionalistas ao conferir ênfase à importância da seleção artificial no contexto da evolução social. Para Commons, o ponto central do processo evolutivo repousa na vontade humana, marcando uma significativa dissonância em relação à perspectiva teleológica usualmente atribuída a esse fenômeno. Nesse contexto, o agir individual não apenas é destacado, mas também é reconhecido como um elemento de considerável influência na trajetória das instituições sociais. A analogia primordial que Commons adota é a da seleção artificial, conceito originário de Darwin é, aqui, empregado para demarcar a distinção entre os mecanismos de seleção artificial e natural, evidenciando, assim, a influência direta da vontade humana no processo evolutivo. O cerne da argumentação reside na convicção de que os conflitos de interesses são inerentes à sociedade, uma decorrência inevitável da escassez material, sendo as instituições sociais os alicerces que possibilitam a existência de uma ordem social estável. Dentro do quadro institucional delineado por Commons, as figuras de autoridade emergem como detentoras de poder e legitimidade, incumbidas da tarefa de impor sanções e resolver os conflitos inerentes à dinâmica social. Em momentos de conflito, a figura de autoridade atua como um agente de seleção, avaliando as práticas em confronto à luz dos costumes, leis e práticas comuns. A escolha recai sobre aquela considerada como a "boa prática" ou a "prática razoável", consolidando, desse modo, a influência da vontade humana na evolução das instituições. Sob essa perspectiva evolucionária, Commons destaca a centralidade da seleção artificial, onde a vontade humana e a resolução intencional de conflitos de interesses por meio das instituições desempenham papéis fundamentais na configuração da evolução social. Salienta-se, igualmente, a não teleologia subjacente à mudança institucional, uma vez que a ação propositada dos indivíduos é intrinsecamente caracterizada por tentativa e erro, conferindo uma dinâmica inovadora e adaptativa ao processo evolutivo.
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