Análise do perfil hepático de pacientes acometidos pelo SARS-CoV-2 internados na UTI covid do Hospital Universitário de Santa Maria, RS
Fecha
2024-05-28Primeiro membro da banca
Schwarzbold, Alexandre
Segundo membro da banca
Rosemberg, Denis
Terceiro membro da banca
Lunardelli, Adroaldo
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O SARS-CoV-2 é o agente causador da COVID-19. Embora o pulmão seja o principal
alvo do vírus, resultando em complicações respiratórias e, em casos extremos, fatalidade,
a infecção também tem sido associada a danos em vários outros órgãos, incluindo o
fígado. As lesões hepáticas causadas diretamente ou indiretamente pelo vírus são
geralmente avaliadas através da medição dos níveis de marcadores como alanina
aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e bilirrubina total. Estudos
indicam que a ocorrência de comprometimento hepático em pacientes com COVID-19
varia de 15% a 60%, dependendo da população estudada. Assim, esta dissertação buscou
investigar as diferenças laboratoriais no perfil hepático de pacientes com COVID-19
grave para correlacioná-las aos desfechos clínicos. Trata-se de um estudo retrospectivo
que incluiu 377 pacientes adultos com COVID-19 grave internados na UTI no Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM) entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022. Dados
demográficos, clínicos e laboratoriais, incluindo níveis de ALT e AST, foram coletados
dos prontuários eletrônicos. Os dados laboratoriais foram avaliados na admissão na UTI
e antes da alta ou óbito. A lesão hepática foi classificada em quatro graus com base nos
níveis de AST e/ou ALT acima do limite superior normal. Estatísticas descritivas foram
calculadas para dados demográficos e clínicos e a associação entre lesão hepática e
mortalidade foi avaliada por análise de regressão de Cox multivariada. Aproximadamente
65% dos pacientes apresentaram sinais de comprometimento hepático na admissão na
UTI, predominantemente classificados como Grau 1. A lesão hepática esteve
significativamente associada à mortalidade, com níveis elevados de aminotransferases,
especialmente AST, como preditores independentes de desfechos fatais. Os sobreviventes
mostraram tendência positiva de recuperação hepática, enquanto a progressão para
estágios mais graves de lesão hepática e idade avançada foram fatores associados a um
pior prognóstico, conforme indicado pela análise de regressão de Cox. Homens e
mulheres apresentaram perfis clínicos similares em termos de lesão hepática, mas
mulheres sobreviventes tiveram estadias mais longas na UTI. A progressão dinâmica da
lesão hepática destaca sua significância prognóstica na infecção por SARS-CoV-2,
exigindo monitoramento contínuo e intervenção oportuna, especialmente para pacientes
mais idosos.
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