Análise econômica da cadeia produtiva vitivinícola na Campanha do estado do Rio Grande do Sul
Fecha
2024-04-19Primeiro coorientador
Dalla Valle, Carine
Primeiro membro da banca
Vargas, Daiane Loreto de
Segundo membro da banca
Boscardin, Mariele
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A cadeia produtiva da uva possui grande importância socioeconômica no Brasil, sendo responsável por um grande volume de negócios voltados para os mercados interno e externo. As uvas brasileiras tornaram-se destaque, pela qualidade e aprovação dos mercados e também pelo crescente surgimento de empreendimentos ligados a cadeia, o que faz da atividade uma alternativa de diversificação dentro das unidades de produção agrícola. Nos últimos 20 anos, a produção vitivinícola tornou-se mais proeminente e representativa na região da Campanha Gaúcha, onde a agroindústria de vinhos reforçou a sua presença no mercado interno, assumiu a posição de segunda maior região produtora de vinho em 2020, responsável por 31% da produção nacional. Desse modo, o objetivo geral desta pesquisa foi realizar uma análise socioeconômica da cadeia produtiva da uva na Campanha Gaúcha. Os objetivos específicos são: I) mapear a cadeia produtiva vitivinícola na referida região; II) descrever o processo de obtenção da IP Vinhos da Campanha, apresentando a percepção dos agentes; e, III) caracterizar um modelo de enoturismo localizado no município de Santana do Livramento/RS. Como procedimento metodológico foi utilizada a estratégia de estudo de caso. A pesquisa abrangeu as vinícolas que fazem parte da Associação Vinhos da Campanha Gaúcha e atores institucionais e organizacionais, a coleta de dados ocorreu através da aplicação de 23 entrevistas semiestruturadas. Os resultados mostram que a cadeia depende de outras regiões e até mesmo de outros países para realizar ou concluir os processos de produção, comercialização e distribuição. O papel desempenhado pelas instituições e organizações da cadeia na região estudada é de grande valia, tendo em vista todas as ações de fortalecimento ao segmento. Como resultado, tem-se a obtenção da Indicação Geográfica no ano de 2020. Os agentes envolvidos na adoção a IG tem uma percepção positiva de seus benefícios e acreditam no reconhecimento da Indicação de Procedência (IP), dentro e fora do país. Entretanto, a promoção e suporte da IP demandam ações sinérgicas envolvendo a cadeia de produção e o Estado através das políticas públicas. Ao que tange o enoturismo, foi possível observar que, algumas empresas estão desenvolvendo e investindo em iniciativas geradoras de um ambiente dinâmico e competitivo. É consenso entre os atores que o enoturismo pode atuar enquanto promotor de desenvolvimento local, uma vez que utiliza recursos presentes no território para a concretização das suas atividades. Em termos gerais a vitivinicultura cresceu expressivamente na referida região e vem ganhando destaque no cenário internacional. Os recursos naturais são favoráveis a produção. As instituições e organizações estruturam e conferem o reconhecimento da qualidade dos vinhos principalmente, por meio da Associação de Produtores Vinhos Finos da Campanha. Existem fragilidades principalmente ao que tange a dependência de outras regiões para realizar ou concluir processos produtivos, comerciais ou logísticos. Diferentemente de outros produtos o vinho acaba por estimular o consumidor final a visitar os locais onde acontece a produção. Conclui-se que o poder público tem importante trabalho para acelerar o progresso e o protagonismo dos vinhos da Campanha Gaúcha no cenário mundial, através de políticas públicas de fomento as quais desenvolvam o conceito de IG’s no mercado interno e externo, tornando assim os produtos brasileiros mais competitivos em âmbito global.
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