Efeitos ecotoxicológicos de herbicida e de inseticida biológico em solo: estudo com minhocas Eisenia andrei
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Data
2024-03-27Primeiro coorientador
Bisognin, Ramiro Pereira
Primeiro membro da banca
Leitemperger, Jossiele Wesz
Segundo membro da banca
Souza, Eduardo Lorensi de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O uso de herbicidas combinado com inseticidas é motivado pela necessidade do controle de plantas daninhas e pragas que ocorrem concomitantemente em culturas agrícolas. Mesmo com o uso crescente desses produtos para garantir a produtividade, há uma preocupação direcionada à toxicidade ocasionada em organismos não alvo, riscos à saúde humana e efeitos ao meio ambiente. Sendo assim, este estudo tem como objetivo principal avaliar a ecotoxicidade de herbicida a base de 2,4-D + Picloram ®, e de inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis, em solo, utilizando minhocas da espécie Eisenia andrei como bioindicador. Os ensaios foram realizados durante 28 dias de exposição e avaliaram a interação entre os compostos e a avaliação de biomarcadores de atividade antioxidante (ACAP, CAT, GPx e GR), estresse oxidativo (Peróxido, EROs Carbonil, NO, TBARS) e neurotoxicidade (AChE e BChE) em minhocas expostas aos seguintes tratamentos: CT- controle; CD- 2,4-D e Picloram ® (4L/ha); BT- Bacillus thuringiensis; e CDB- 2,4-D e Picloram ® (4L/ha) + Bacillus thuringiensis (1L/ha). Após 14 e 28 dias de exposição, os resultados revelaram que o tratamento CDB induziu estresse oxidativo, evidenciado pelos elevados níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs) e redução na atividade da enzima catalase (CAT). Embora tenha havido uma resposta compensatória do sistema antioxidante, com aumento na glutationa redutase (GR), a exposição prolongada parece ter excedido a capacidade adaptativa das minhocas. Adicionalmente, o tratamento CDB também apresentou efeitos neurotóxicos, com aumento da atividade da acetilcolinesterase (AChE) e redução da butirilcolinesterase (BChE), indicando alterações no sistema nervoso das minhocas. De modo geral, a mistura dos herbicidas com o inseticida biológico demonstrou ser mais prejudicial aos organismos não-alvo do que quando aplicados de forma individual, sugerindo a necessidade de uma avaliação mais abrangente dos efeitos de compostos combinados no solo e seus potenciais riscos ecológicos.
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