Efeito do Rosmarinus officinalis L. na qualidade do sono e níveis de cortisol de profissionais de enfermagem de serviço de emergência
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Date
2024-03-28Primeiro membro da banca
Freitas, Etiane de Oliveira
Segundo membro da banca
Miranda, Fernanda Moura D’Almeida
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Introdução: O trabalho no serviço de emergência exige do profissional atenção constante e tomada de decisão imediata, situações que, somadas ao contexto de trabalho, podem prejudicar a qualidade do sono e repercutir em estresse crônico. O objetivo deste estudo foi analisar a efetividade do uso de Rosmarinus officinalis L. (alecrim) na qualidade do sono e cortisol capilar de trabalhadores de enfermagem do serviço de emergência. Método: Trata-se de um estudo de intervenção, quase experimental, realizado em um pronto-socorro hospitalar e em uma unidade de Pronto Atendimento de um município da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. A coleta de dados ocorreu de setembro a novembro de 2022, tendo sido utilizados um questionário sociodemográfico ocupacional, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e amostras de 2 cm de cabelo para avaliar o cortisol capilar. Foram incluídos auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros que atuavam nos serviços de emergência havia pelo menos um mês. A intervenção foi realizada com cápsulas de extrato seco de alecrim de 500 mg, ingeridas duas vezes ao dia por 56 dias. A análise ocorreu de forma descritiva e analítica, com auxílio de um software estatístico, considerando estatisticamente significativo p<0,05. Utilizaram-se testes de associação e de correlação. Os aspectos éticos foram respeitados. Resultados: Participaram do estudo 35 trabalhadores que atuavam em serviços de emergência, com idade entre 27 e 61 anos, média de 39,67 anos (± 7,58), prevalência do sexo feminino (85,7%; n=30) e cargo técnico em enfermagem (77,1%; n=27). Houve um aumento significativo (p=0,039) na qualidade do sono classificada como boa, considerando o antes e o após intervenção. Identificou-se associação significativa do nível de cortisol e o uso de medicação para dormir (p=0,017) após a intervenção. Evidenciaram-se correlações diretas e positivas antes da intervenção com o número de vínculos empregatícios e, após a intervenção, a carga horária, qualidade do sono e cortisol não apresentaram diferença significativa. A hipótese alternativa foi confirmada em parte, pois houve melhora significativa na qualidade do sono após a intervenção. Conclusão: Os dados apresentados apontam que a intervenção com o alecrim melhorou a qualidade do sono, não sendo suficiente para reduzir os valores de cortisol, fazendo-se necessárias outras estratégias que colaborem com a saúde do trabalhador. Contribuições para a enfermagem: O estudo contribui com dados referentes ao trabalho de enfermagem em serviços de emergência e pode contribuir no planejamento de ações que promovam a saúde do trabalhador por meio de práticas integrativas em saúde.
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