Shantala: vivências na gestação, parto e puerpério
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Date
2024-02-22Primeiro coorientador
Zanella, Ângela Kemel
Primeiro membro da banca
Neves, Eliane Tatsch
Segundo membro da banca
Ferreira, Fernanda Vargas
Terceiro membro da banca
Braz, Melissa Medeiros
Metadata
Show full item recordAbstract
A Shantala é uma técnica de massagem indicada para bebês, a qual visa auxiliar na parentalidade pela construção do vínculo com quem a pratica, principalmente a mãe. Associar a Shantala à prática de cuidado pode ser vista como uma forma complementar do cuidado humanizado pós-nascimento e pode auxiliar na redução do estresse parental. O objetivo deste estudo foi conhecer o nível de conhecimento das gestantes acerca das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da técnica Shantala e, após seu aprendizado, avaliar a sua aplicabilidade com o bebê no puerpério. Trata-se de uma pesquisa de multicasos de natureza descritiva com abordagem qualitativa desenvolvida nos meses de abril a dezembro de 2023, em Santa Maria-RS. A pesquisa ocorreu com mulheres no período gravídico-puerperal e envolveu três etapas: a) entrevista semiestruturada com questões sociodemográficas, obstétricas e nível de conhecimento sobre as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e Shantala. b) oficina prática sobre a Shantala; c) no puerpério, entrevista sobre a aplicabilidade da técnica e suas vivências . Realizou-se análise de conteúdo seguindo três fases: 1) pré-análise; 2) exploração do material 3) tratamento dos resultados, inferência e interpretação. Fizeram parte deste estudo seis mulheres acompanhadas pela atenção primária à saúde de Santa Maria. As falas foram categorizadas por entrevista I e II. Na categorização da entrevista I, obteve-se três subcategorias: I - Conhecimento prévio das gestantes sobre as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e a Shantala; II – Vivências prévias das gestantes quanto aos sintomas comuns que os bebês apresentam; III - Conhecimento das gestantes sobre métodos caseiros para tratar sintomas em bebê. Na categorização da entrevista II, obteve-se quatro subcategorias: I - Relatos sobre a vivência de parto; II – Relatos de vivência do puerpério; III utilização de métodos caseiros durante o puerpério; IV – Aplicação da Shantala nos primeiros meses de vida do bebê. Foram identificadas nas falas das participantes a questão da massagem para alívio das cólicas, choro e para auxílio no relaxamento do bebê e do sono. Estas reconheceram alguns métodos caseiros para aliviar sintomas que os bebês costumam apresentar, o mais apontado foi o uso de chás. Quatro participantes ainda compartilharam experiências vividas durante o parto, como a violência obstétrica e o puerpério, no qual o fator tempo foi o maior obstáculo encontrado na organização para realizar a massagem no bebê. Além disso, existiram outras dificuldades, como a preocupação do cuidado com a casa e com os outros filhos. A pesquisa expôs o desconhecimento das participantes em relação às Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e à Shantala. Na entrevista I, as oficinas foram indispensáveis para o conhecimento sobre a Shantala. A entrevista II mostrou aceitação da Shantala por parte das participantes, que realizaram a prática nos bebês, principalmente como recurso imediato, para aliviar cólicas, constipação e sono. Estas também relataram o parto e o puerpério e, ao expor suas situações do cotidiano, permitiram compreender melhor a importância da massagem no dia-a-dia da mulher e da sua família.
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