Extração e purificação de oleuropeína a partir das folhas de oliveira
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Data
2024-03-25Autor
Eugênio, Monalisa Mendes Ribeiro
Gonçalves, Pedro Raimann
Jaskoviak, Tatieli
Odorczyk, Thiago Vasconcelos
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Mostrar registro completoResumo
O presente trabalho foi realizado com o propósito de projetar uma indústria produtora de oleuropeína a partir das folhas da oliveira. A substância em questão pertence aos secoiridoides, antioxidantes naturais, sendo alvo da indústria alimentícia e farmacêutica, dado seus benefícios para a saúde humana. No caso da indústria farmacêutica, principal mercado consumidor do presente trabalho, a oleuropeína é vendida como Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), o qual é usado para a produção de formulações anti-inflamatórias e nutracêuticas. Dentro deste mercado, os IFAs são um ramo que apresenta alta tendência de crescimento, tanto nacional quanto internacional. Desta forma, objetiva-se atender ambos os mercados. Os principais concorrentes da empresa são produtores localizados em países como China, Índia e Estados Unidos. Para a localização da indústria, escolheu-se Bagé como local para sediar a indústria, uma vez que o Rio Grande do Sul é o maior produtor de oliveiras (e, portanto, de matéria-prima) do Brasil. O recebimento da matéria-prima, a folha de oliveira, ocorre em 6 meses do ano e esta é obtida da atividade hortícola das oliveiras (da poda das oliveiras e da colheita das azeitonas) e da indústria do azeite. A rota tecnológica escolhida para a obtenção da oleuropeína é a extração assistida por ultrassom utilizando como solvente etanol e água em uma proporção de 60:40 v/v. A decisão por essa rota se deve ao fato do método em questão apresentar diversas vantagens quando em comparação com os demais métodos, sejam elas: maior rendimento e teor de oleuropeína, maior eficiência, redução no tempo de extração e redução do volume de solvente utilizado. Quanto ao solvente, uma mistura hidroalcoólica auxilia no aumento do rendimento da extração, além de ser menos tóxico e ambientalmente amigável. Após a extração, a mistura passa por etapas de purificação que envolvem centrifugação, filtração por membranas ultrafiltrantes e nanofiltrantes, secagem à vácuo e micronização, garantindo um aumento da pureza do produto até 80% e sua comercialização em pó (20 μm). Esse grau de pureza ocorre em virtude da presença de outros compostos fenólicos de tamanho de partícula próximo ao da oleuropeína, como ácido vanílico, tirosol, hidroxitirosol e uma pequena quantidade residual de solvente. Deste processo, obtém-se um produto final de alto valor agregado a partir de uma matéria-prima de baixo custo. A capacidade da planta industrial em questão é de 134,4 toneladas a partir de 3.367 toneladas de folhas de oliveira, por ano, sendo este último valor definido a partir do somatório das duas principais fontes de matéria-prima do Rio Grande do Sul supracitadas. A análise econômica realizada indicou um investimento necessário no valor de R$115.368.844,32, com um payback de 5 anos e um lucro líquido de R$ 42.614.968,88 ao ano.
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