Balanço de potássio e modelos de predição de produção em vinhedos no sul do Brasil
Fecha
2024-04-11Primeiro coorientador
Rozane, Danilo Eduardo
Primeiro membro da banca
Tiecher, Tales
Segundo membro da banca
Natale, William
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Solos cultivados com videiras podem não possuir a quantidade necessária de potássio (K) para
suprir a demanda das plantas. Quando isso acontece é necessário realizar aplicações de doses
de fertilizantes potássicos, que podem modificar a distribuição das frações de K em solos ao
longo dos anos. No entanto, as doses de K a serem aplicadas serão mais precisas, caso sejam
conhecidas as entradas e saídas de K em vinhedos. Essas informações permitem propor o
balanço de K. Porém, a distribuição de frações e balanço de K não são suficientemente
conhecidos em solos de vinhedos, cultivados com diferentes cultivares, que produzem e
exportam distintas quantidades de K. Somado a isso, na viticultura internacional não são
suficientemente conhecidos modelos de predição de produtividade e qualidade do mosto de
uva, que consideram nutrientes em solos e folhas, além de outras variáveis, como as climáticas.
Por isso, foram conduzidos dois estudos que objetivaram avaliar a distribuição de frações de K
e seu balanço, e avaliar o efeito da entrada de diferentes variáveis preditoras e sua importância
na acurácia das predições de qualidade do mosto e da produção de uva em vinhedos das
cultivares Chardonnay e Pinot Noir com aplicações de doses de K, no sul do Brasil. O Estudo
1 quantificou o balanço de K e as frações de K trocável, K não-trocável, K estrutural e K total
no solo, com avaliações realizadas em um experimento com as cultivares Chardonnay e Pinot
Noir, sem aplicação de K e com as aplicações anuais de 40 e 80 kg ha-1 K2O, durante doze anos.
O Estudo 2 propôs modelos e sua acurácia na predição da produção de uva e parâmetros de
qualidade do mosto (sólidos solúveis totais - SST, antocianinas totais - AT, polifenóis totais -
PT, acidez total titulável - ATT, pH). Os modelos foram desenvolvidos utilizando aprendizado
de máquina, através de análise multivariada incluindo as variáveis preditoras nutrientes no solo,
nutrientes em folhas e variáveis climáticas. Utilizou-se um banco de dados estruturado durante
seis safras. No Estudo 1, o balanço de K foi negativo no solo que não recebeu aplicação de K e
positivo no solo que recebeu as aplicações anuais de 40 e 80 kg ha-1 K2O. Também foi possível
observar que a fração de K não-trocável contribuiu para aumentar a fração de K trocável no solo sem aplicação de K. No Estudo 2, os modelos que combinam variáveis de
solo+folha+clima apresentam maior acurácia na predição de produção de uva, ATT e pH do
mosto. Modelos que combinam dados de folha+clima apresentam maior acurácia para a
concentração de PT e modelos calibrados apenas com dados de clima para antocianinas. As
variáveis climáticas foram as mais importantes (≥80%) nos modelos de melhor acurácia para
todas as variáveis preditas, exceto PT, em que nutrientes em folhas (K, Ca e Mg) tiveram maior
importância. Dessa forma, os resultados do nosso estudo apresentam a dose mais aproximada
(40 kg ha-1 K2O ao ano) de fertilizante potássico para manter o balanço de K positivo, porém
sem excesso. Bem como, permitiu identificar e quantificar a importância das variáveis de solo,
planta e clima nos modelos de predição de produção e qualidade do mosto.
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