Dependência entre o tamanho da unidade básica e as estimativas das dimensões da parcela experimental de batata
Resumo
Foi instalado um ensaio de uniformidade com batata, na área de produção de
tubérculos de batata-semente da FEPAGRO, em Júlio de Castilhos, RS, no ano agrícola de
2003. Foi avaliado o rendimento de tubérculos de batata de 3456 covas, que foram
constituídos, inicialmente, de uma unidade básica (UB). Foram planejadas, ainda, parcelas
compostas de 2; 3; 4; 6; 8 e 12 covas por UB, com o objetivo de estudar o efeito do tamanho
da UB nas dimensões das parcelas experimentais. Aplicou-se uma restrição entre os
comprimentos (C) e larguras (L) selecionadas (L ≤ C). Foram estimados índices de
heterogeneidade do solo para cada tamanho de UB e representado um mapa de
heterogeneidade para UB compostas de seis covas numa mesma fila. Obtiveram-se
relações entre tamanho ótimo de parcela (X0), área correspondente (S) e os diversos
números de covas por UB, por três métodos algébricos: o método descrito por Meier &
Lessman (1971), MO, e dois métodos descritos por Thomas (1974), MV e MC. Além da
análise de correlação verificou-se também a ocorrência de dependência direta e indireta
entre os parâmetros que compõem as funções que representam cada método estudado e a
área correspondente. Os resultados obtidos demonstraram que para um mesmo número de
covas por UB, o método MO demandou mais área e apresentou resultados mais coerentes
com aplicações práticas que MV e MC, que apresentaram valores de área inferiores a uma
cova, incompatível à aplicação de tratamentos. Tanto a magnitude da origem quanto a da
curva foram determinantes de X0. A demanda por área ocorreu mais intensamente a partir
de quatro covas por UB, sendo o método MC o que menos respondeu às variações. O solo
apresentou-se mais homogêneo dentro das filas, o que orientou a direção das parcelas na
área, assim como a forma, devendo ter maior comprimento que largura.