Avaliação tecnológica e biológica de formulações promissoras para o tratamento da malária
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Date
2024-04-30Primeiro membro da banca
Diniz, Andréa
Segundo membro da banca
Araújo, Bibiana Verlindo de
Terceiro membro da banca
Cruz, Letícia
Quarto membro da banca
Brucker, Natalia
Metadata
Show full item recordAbstract
A malária é uma doença inflamatória que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Nosso grupo de pesquisa tem se dedicado ao desenvolvimento e avaliação de nanocápsulas contendo medicamentos antimaláricos para o tratamento da doença, os quais têm demonstrado resultados promissores; a nanoencapsulação da quinina aumentou as taxas de sobrevivência em animais infectados com P. berghei, aumentou o tempo de permanência da quinina na circulação sanguínea e reduziu os efeitos nocivos do fármaco nos sistemas reprodutivos femininos e masculinos, em comparação com a livre. Nanocápsulas catiônicas contendo quinina revestidas com Eudragit®RS100 (EUD) destacaram-se pelo aumento das taxas de sobrevivência e pela maior supressão da parasitemia. A associação da quinina com curcumina em nanocápsulas resultou na redução da parasitemia in vitro e minimizou os efeitos tóxicos em C. elegans. Portanto, o objetivo geral deste trabalho foi desenvolver e caracterizar formulações de nanocápsulas poliméricas, bem como avaliar a atividade biológica e toxicológica in vivo dessas formulações, para o tratamento da malária.
Visando uma possível terapia combinada, realizamos uma avaliação das interações medicamentosas através de modelagem farmacocinética baseada na fisiologia da cloroquina (CQ) e colchicina (CC). Como ambos os fármacos sofrem metabolismo pelo CYP450, especialmente pelo CYP3A4, investigamos suas interações. As simulações não indicaram interações entre os fármacos para ambas as enzimas. Posteriormente, desenvolvemos nanocápsulas para co-encapsulação de CQ e CC. Inicialmente, estabelecemos uma metodologia analítica para quantificação dos fármacos. O método mostrou-se seletivo, reprodutível, linear, preciso, exato e robusto. Em seguida, avaliamos a compatibilidade térmica entre os fármacos e excipientes para preparação da suspensão de nanocápsulas, comprovando a compatibilidade realizamos o desenvolvimento e caracterização das suspensões de nanocápsulas. As formulações foram estáveis ao longo de 90 dias, exibindo características típicas de formulações com EUD. A liberação de fármacos in vitro seguiu um modelo biexponencial. A formulação contendo CQ e CC não demonstrou toxicidade aguda in vivo. Na próxima etapa, desenvolvemos e caracterizamos nanocápsulas catiônicas contendo CC utilizando uma análise fatorial. O planejamento fatorial gerou oito formulações diferentes, das quais a NC7 foi selecionada para avaliação biológica. A farmacocinética foi realizada em ratos Wistar fêmeas. A nanoencapsulação da CC demonstrou melhorar os parâmetros farmacocinéticos em comparação ao fármaco livre, como por exemplo, aumentou a exposição do fármaco em plasma e sangue, reduziu a eliminação e o fármaco se manteve mais no compartimento central, o que é muito importante no contexto da malária, visto que o fármaco permanece mais tempo em contato com o parasita. Em conjunto, esses resultados demonstram o potencial tecnológico e biológico da suspensão de NCs catiônicas contendo CC.
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