Determinação da temperatura base, desempenho agronômico e correlação de componentes de rendimento em genótipos de cana-de-açúcar
Fecha
2015-02-09Metadatos
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A cana-de-açúcar possui grande importância social e econômica na Depressão Central do Rio Grande do Sul, entretanto carece de pesquisas que possibilitem ampliar o seu cultivo e melhorar a qualidade dos seus subprodutos. Esta tese tem o objetivo de dar subsidio para a ampliação e aumento da produção da cultura da cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul, com a utilização de genótipos mais adaptados. Foram realizados dois experimentos em Santa Maria e Jaguari, ambos localizados na Depressão Central do Rio Grande do Sul, em diferentes ciclos de cultivo, de 2009 a 2013. Foram avaliados oito genótipos de cana-de-açúcar: RB855156, RB925211, RB925345, RB975932, RB867515, RB935744, RB925268 e RB987935. Foi estimada a temperatura base desses genótipos pelo método do desenvolvimento relativo, foi avaliada a produtividade de colmos, variáveis de qualidade (índice de maturação, sólidos solúveis totais, fibra, e volume de caldo) e componentes do rendimento (números de colmos∕metro, comprimento e diâmetro de colmo). Os valores de temperatura base estimada variou de 7,5 a 12,8 oC em cana planta e 7,4 a 10,8 oC em cana soca. Os genótipos RB987935 e RB867515 apresentaram maiores produtividades em todos os ciclos de cultivo, em Santa Maria e Jaguari. A produtividade de colmos foi superior à média nacional, com exceção do genótipo RB855156 que apresentou menor produtividade em Santa Maria, porém apresentou maior produtividade em Jaguari. Ocorreu variação no índice de maturação entre genótipos e entre ciclos de cultivo e, considerando essa variável, o genótipo RB855156 foi o que apresentou maior precocidade em todos os ciclos, também esta entre os genótipos com maior teor de sólidos solúveis totais, juntamente com o RB925345 e RB925211. O teor de fibra foi variável ao longo do período de maturação, entre genótipo e também entre ciclo de cultivo, com a maioria dos valores na faixa de 9 a 12%. O volume de caldo por tonelada de cana variou de 215 a 351, 221 a 493, 305 a 587 l t-1, nos ciclos de cana planta, cana soca de primeiro e cana soca de segundo ano, respectivamente. A variável número de colmos∕metro foi a que apresentou maior correlação com a produtividade de colmos, sendo importante sua avaliação para a seleção de maneira indireta de genótipos mais produtivos.