Protease exógena em dietas para tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus)
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Date
2024-03-06Primeiro membro da banca
Baldisserotto, Bernardo
Segundo membro da banca
Veiverberg, Cátia Aline
Terceiro membro da banca
Hassemer, Micheli Zaminhan
Quarto membro da banca
Lovatto, Naglezi de Menezes
Metadata
Show full item recordAbstract
A protease é uma enzima caracterizada pela ação sobre ligações proteicas e pode
melhorar assimilação de nutrientes dos ingredientes proteicos. Efeitos positivos de
sua inclusão foram identificados em muitas espécies, pela melhora na eficiência
alimentar e síntese de proteína. Fatores ligados ao processamento de rações, o nível
e a forma de inclusão da protease influenciam na sua eficiência, assim como, a
composição das dietas. Dessa forma, o objetivo foi avaliar se há efeitos da inclusão
de protease em dietas para tilápias sobre parâmetros de desempenho, metabolismo
bioquímico, atividade de enzimas digestivas, digestibilidade dos nutrientes e
expressão gênica. Para isto foram realizados dois experimentos com duração de 49
dias. No experimento I, foram testados cinco níveis de protease exógena (controle;
194; 316; 390; 600 mg/kg) em dieta formulada contendo farinha de penas. No
experimento II, o desenho experimental foi fatorial 3x2, consistiu na formulação de três
dietas e dois níveis de protease exógena (0 e 440 mg/kg). A proporção de proteína da
dieta foi aumentada com a inclusão do farelo de soja (SM, sigla em inglês) em
substituição a farinha de resíduo de peixe. Os tratamentos foram denominados: SM1-
0; SM1-440; SM3-0; SM3-440; SM6-0; SM6-440. Ao final dos experimentos I e II,
foram avaliados parâmetros de desempenho e saúde dos peixes. No experimento I,
houve melhor desempenho, utilização dos nutrientes e maior expressão do receptor
hormônio do crescimento (GHR, sigla em inglês) no fígado com 390 mg/kg de protease
na dieta em comparação ao controle. O metabolismo proteico melhorou com o
aumento da concentração de proteínas totais e aminoácidos (AA) e menor teor de
amônia. A maior inclusão de protease (600 mg/kg) na dieta estimulou o aumento do
número de eritrócitos e menor volume corpuscular médio nos peixes. No experimento
II, observou-se que o grupo SM1 (SM1-0 e SM1-440) apresentou melhor crescimento,
taxa de eficiência proteica e conversão alimentar. A protease exógena, de maneira
geral, estimulou a atividade endógena da tripsina, resultando em melhor
digestibilidade de proteínas e da morfometria intestinal no grupo com maior SM (SM6-
440). Nos peixes que receberam a dieta SM3-440 houve maior teor de albumina e
globulina comparada a deita SM1-440, mas não diferiram da dieta SM6-440, indicando
uma resposta inata, devido ao aumento da disponibilidade de proteínas e AA. Em
conclusão, determinou-se que o nível ótimo de inclusão de protease foi de 440 mg/kg.
Entre as dietas, a SM3-440 demonstrou um melhor equilíbrio nutricional e fisiológico.
E a inclusão de protease permitiu o aumento de farelo de soja (SM) sem afetar
negativamente o crescimento da tilápia do Nilo.
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