A voz das crianças e suas professoras: concepções de criança, infâncias e práticas pedagógicas nos contextos da educação infantil
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Data
2024-05-29Primeiro membro da banca
Martins Filho, Altino José
Segundo membro da banca
Rivero, Andrea Simões
Terceiro membro da banca
Ourique, Maiane Liana Hatschbach
Quarto membro da banca
Correa, Aruna Noal
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Essa tese está vinculada à Linha de Pesquisa: Políticas públicas educacionais, práticas educativas e suas interfaces, do Programa de Pós-Graduação em Educação - Doutorado em Educação, da Universidade Federal de Santa Maria e têm por tema as concepções sobre infância, criança e prática pedagógica das crianças e das professoras no contexto da educação infantil. O objetivo geral da pesquisa é: investigar as concepções de infância produzidas pelas professoras de educação infantil, de uma escola pública do município de Santa Rosa/RS, através de suas narrativas e das concepções que as crianças expressam em suas interações, em relação às práticas pedagógicas na educação infantil a partir da uma perspectiva descolonizadora de infância e das práticas para a infância. Para alcançar os objetivos, consideram-se dois argumentos que sintetizam a tese defendida. O primeiro argumento é que: As concepções de infância estão implicadas nas práticas pedagógicas e nas relações educativas que se estabelecem entre adultos e crianças na educação infantil. O segundo argumento é de que a partir de uma perspectiva descolonizadora da infância, podemos construir práticas pedagógicas que valorizem a infância em suas potencialidades, enriquecendo as relações educativas entre adultos e crianças na educação infantil. A pesquisa possui abordagem qualitativa, e foi realizada com dois públicos, com professoras e crianças da educação infantil. Os sujeitos da pesquisa foram quatro professoras e vinte e duas crianças na faixa etária de 3 a 4 anos de idade, de uma turma de maternal, de uma escola municipal de educação infantil do município de Santa Rosa/RS. A pesquisa com as crianças foi de observação participante e aconteceu no período de fevereiro a outubro de 2023, a análise de dados utilizou a sociologia reflexiva e a sociologia da infância. Na pesquisa com as crianças, percebeu-se como as crianças em suas brincadeiras não apenas reproduzem cenas do cotidiano adulto, como constroem, reconstroem e reelaboram conceitos, construindo culturas infantis e contribuindo com as culturas adultas. A pesquisa com as professoras de educação infantil foi composta de encontros de grupo focal que ocorreram nos meses de novembro e dezembro de 2023 e a análise dos dados produzidos foi realizada através da abordagem de análise textual discursiva. A partir da pesquisa de campo com professoras, ouvindo as suas vozes e manifestações, compreendeu-se que elas possuem percepções de diferença entre a infância contemporânea e as suas memórias de infância, que envolvem a diferença na maneira de brincar e nas interações, relacionadas a aspectos do contexto contemporâneo de medo, violência e aceleração do tempo em que vivemos. O estudo está ancorado na história em autores como Kuhlmann Jr. (2001, 2002), Del Priore (2020), Freitas (2016), na filosofia em autores como Kohan (2011), Benjamin (2009), Gallo (2019), na sociologia, para pensar uma pedagogia para a infância com perspectiva descolonizadora, autores como Faria (2011, 2021), Malaguzzi (2016), Abramovicz (2011, 2015, 2019).
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