Mandalas de movimentos emergentes na educação do campo em áreas de assentamento do MST na região sul do Brasil
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Data
2023-09-28Primeiro membro da banca
Meurer, Ane Carine
Segundo membro da banca
Henz, Celso Ilgo
Terceiro membro da banca
Righes, Antônio Carlos Minussi
Quarto membro da banca
Zitkoski, Jaime José
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta tese de doutorado em Educação, desenvolvida junto à linha de Pesquisa(LP2)“Políticas públicas educacionais, práticas educativas e suas interfaces”, do Programa Pós-graduação em Educação, da Universidade Federal de Santa Maria, e no bojo dos estudos do Grupo de Pesquisa Gestar/CNPq/UFSM, aborda a temática da Educação do Campo em áreas de assentamento do MST. Tem por objetivo geral compreender os principais movimentos emergentes na Educação do Campo em áreas de assentamento do MST na Região Sul do Brasil. E por objetivos específicos, prioriza: i) reconhecer os aspectos históricos, políticos e sociais constituidores da Educação do Campo no Brasil; ii) identificar contextos emergentes na história da Educação do Campo no Brasil e iii) analisar as tensões e desafios que emergem nas escolas localizadas em áreas de assentamento do MST da Região Sul do Brasil. Está fundamentada numa pesquisa qualitativa na perspectiva do materialismo histórico-dialético, realizada com educadores/as colaboradores/as de escolas localizadas em assentamentos do MST na Região Sul do Brasil, utilizando do estado do conhecimento, da análise documental, do questionário misto on-line e de círculos dialógicos na perspectiva freireana para a construção e análise de dados. Como categorias de análise elencou-se: totalidade; contradição; luta de classes; hegemonia; mediação; trabalho;historicidade; nova hegemonia; práxis; e conscientização. Como resultados, destaca-se a compreensão de que Educação do Campo se constitui como um exemplo de transição histórica complexa de forças, pois foi forjada no seio de um movimento social de massa, o MST, o qual representa um dos polos antagônicos na correlação de forças da sociedade capitalista atual. Além disso, a dificuldade da Educação do Campo ser compreendida e assumida no cenário educacional nacional como uma modalidade de ensino pelos sistemas de educação (municipais e estaduais). Nas escolas públicas em áreas de assentamento da Região Sul, emergem entre outras situações: a resistência ativa frente a imposições dos sistemas educacionais, através da valorização dos saberes e das vivências locais, sociais e culturais; a retomada, o aprimoramento e o aprofundamento das propostas político-pedagógicas das unidades escolares, visando o desenvolvimento de processos de ensino e aprendizagem significativos que oportunizem a construção do conhecimento pelos/as educandos/as e a efetiva aprendizagem; a formação permanente dos educadores e das educadoras de forma significativa e necessária para um fazer pedagógico consistente e coerente com a realidade vivenciada no cotidiano escolar. Conclui-se defendendo a tese de que, nas áreas de Assentamento do MST, os movimentos que emergem na Educação do Campo se relacionam com a terra, a geração de vida digna, em defesa da qualidade e da equidade, tendo a educação como balizadora e potencializadora da formação humana e mancipadora, com vistas à transformação social.
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