Composição química e suplementação mineral em sementes de soja: qualidade fisiológica, desenvolvimento de plântulas e aspectos produtivos
Resumo
A soja é a principal aleuro-oleaginosa cultivada no mundo sendo utilizada para diversos fins como alimentação humana, animal e biocombustível. No entanto a produtividade ainda de encontra muito abaixo do potencial produtivo. Dentre os fatores limitantes para que altas que produtividades sejam atingidas está o uso de sementes de qualidade as quais determinam o estande de plantas no campo. A qualidade fisiológica de sementes depende, entre outros, da sua composição química, pois os nutrientes armazenados nas reservas são fundamentais para o crescimento do embrião e desenvolvimento das plântulas. Dessa forma, plântulas originadas com maior disponibilidade de nutrientes originam plântulas mais vigorosas. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a influencia da composição química de sementes e a contribuição da suplementação mineral via tratamento de sementes na qualidade fisiológica, desenvolvimento inicial de plântulas, atividade das enzimas relacionadas ao metabolismo vegetal e desempenho em campo. O capitulo I teve por objetivo avaliar a influência de diferentes níveis de composição química mineral de sementes de soja bem como a eficiência da suplementação mineral via tratamento de sementes na qualidade fisiológica e desempenho em campo. O capítulo II objetivou avaliar a contribuição de N derivado da suplementação mineral em sementes com diferentes teores nutricionais, para plântulas de soja. O capitulo III teve por objetivo avaliar a influencia do teor nutricional e da suplementação mineral via tratamento de sementes na germinação, desenvolvimento inicial e atividade de enzimas relacionadas ao metabolismo vegetal de plântulas de soja. A composição química das sementes influenciou a qualidade fisiológica e o desempenho das sementes em campo. A suplementação mineral via tratamento de sementes influenciou o desempenho de sementes em laboratório e campo. As sementes derivadas do lote com menor teor nutricional absorveram mais N do suplemento mineral, que foi acumulado nos cotilédones e redistribuído para o sistema radicular e parte aérea. A maior parte do N nos órgãos de plântulas de soja, ao longo de 10 dias após a semeadura é derivada das reservas da semente, em lotes com baixo e alto teor nutricional, assim a aplicação de N via suplementação mineral é de pouca importância para a nutrição e desenvolvimento das plântulas. A quantidade de reservas armazenadas influenciou a qualidade fisiológica e desenvolvimento inicial de plântulas. A suplementação mineral via tratamento de sementes influenciou a qualidade fisiológica e desenvolvimento de plântulas no lote de baixo teor nutricional. A suplementação mineral influenciou a atividade das enzimas α-amilase nos cotilédones e POD e APase na parte aérea das plântulas provenientes de sementes do lote de baixo teor nutricional.