Atributos físicos e fisiológicos de sementes de aveia preta
Fecha
2016-08-19Metadatos
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As plantas forrageiras desempenham importante papel na produção animal na Região
Sul do Brasil. Dentre as espécies, a aveia preta se destaca por apresentar maior área de cultivo
no inverno, ocupando uma área de 3,8 milhões de hectares no Estado do Rio Grande do Sul.
Para a sua adequada semeadura e estabelecimento, são produzidas sementes que devem conter
elevados padrões de qualidade, que é aferida por laboratórios de análise. Frente a isso, a
presente pesquisa teve como objetivos avaliar os atributos físicos e fisiológicos de sementes de
aveia preta, associar a qualidade de sementes ao perfil de produção e aos possíveis efeitos
provocados por fatores meteorológicos. Visou, ainda, identificar as variáveis que se
correlacionam com a porcentagem de sementes puras e a emergência de plântulas, identificar a
presença de multicolinearidade, as variáveis mais importantes em relação à variável dependente
principal, porcentagem de plântulas normais, e agrupar a amostras por seus graus de parecença.
Foram avaliadas 2.910 amostras, sendo 2.229 análises de sementes oriundas do processo de
produção de sementes, 357 análises de sementes de uso próprio e 324 análises de tetrazólio
analisadas pelo laboratório de análise de sementes do Curso de Agronomia da UNIJUÍ,
seguindo a metodologia descrita nas regras de análise de sementes. Os resultados foram
submetidos às análises de estatísticas descritivas, à dispersão dos dados, foram estimados os
coeficientes de correlação linear de Pearson, o diagnóstico de multicolinearidade, os efeitos
diretos e indiretos através da análise de trilha e o agrupamento entre as amostras. As sementes
produzidas segundo o sistema nacional de sementes e mudas apresentaram excelentes níveis de
qualidade física e fisiológica nos anos de 2006 a 2010. Entre os anos de 2011 a 2014, 14 e
14,5% das sementes foram comprometidas pelas presenças de outras sementes de espécies
cultivadas e de nocivas toleradas, respectivamente. As sementes de uso próprio apresentaram
ampla variabilidade com 18,1 e 31,7% de amostras abaixo dos padrão para germinação nos
anos de 2006 a 2010 e 2011 a 2014, respectivamente, enquanto que as amostras analisadas pelo
teste de tetrazólio apresentaram níveis de reprovação de 19,4 e 12,5 %, respectivamente.
Destaca-se que a qualidade fisiológica das sementes está relacionada aos anos com níveis de
precipitações e temperaturas adequadas ao desenvolvimento vegetativo, maturidade fisiológica
e colheita. A variável plântulas normais apresentou maior correlação, de sinal negativo, com
sementes mortas. As variáveis plântulas anormais e sementes mortas apresentaram os maiores
efeitos diretos sobre porcentagem de germinação, de sinal negativo e a análise de agrupamento
revelou a existência de três grupos de parecença em sementes produzidas segundo o sistema
nacional de sementes mudas e de quatro grupos em sementes de uso próprio.