Novos materiais de Saturnalia tupiniquim (Dinosauria: sauropodomorpha) e suas implicações para o entendimento da variação intraespecífica nos primeiros dinossauros
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Data
2024-02-05Primeiro membro da banca
Rosa, Átila Augusto Stock da
Segundo membro da banca
Paes Neto, Voltaire Dutra
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As rochas triássicas sul brasileiras testemunham um período ímpar na história evolutiva dos
dinossauros. Nelas, juntamente com depósitos da Argentina e Zimbabwe, são escavados os
dinossauros mais antigos conhecidos. Dentre os primeiros dinossauros, os sauropodomorfos
são os mais abundantes e diversos. Tais animais eram relativamente gráceis e bípedes, diferindo
significativamente de seus ‘sucessores’, os saurópodes. Ao longo das últimas três décadas, o
conhecimento acerca dos primeiros sauropodomorfos cresceu muito em resposta à descrição de
novas espécies. Em um trabalho de campo realizado em 2018, um novo material atribuído a
Sauropodomorpha foi escavado. Esse material constitui o tema principal da presente
dissertação, a qual objetiva identificá-lo, descrevê-lo e, por fim, investigar suas implicações. O
espécime UFSM 11660 foi preparado mecanicamente, possibilitando o reconhecimento de
elementos cranianos, axiais, pélvicos e do membro posterior de ao menos três indivíduos. A
atribuição taxonômica teve como base comparações em primeira-mão com espécimes coevos,
bem como foi suplementada por análises filogenéticas de disparidade morfológica. Na primeira
análise filogenética o espécime é recuperado com Saturnaliidae. Já na segunda, o espécime é
encontrado junto à série tipo de Saturnalia tupiniquim. Ainda, na análise de morfoespaço o
espécime é agrupado próximo de S. tupiniquim e seu posicionamento difere significativamente
dos espécimes de Eoraptor lunensis e Buriolestes schultzi. Desta forma, o espécime é atribuído
a Saturnalia tupiniquim e revela novas informações a respeito da espécie, especialmente da
região rostral. Foi possível concluir que S. tupiniquim possuiu o rostro proporcionalmente mais
curto do que o de outros sauropodomorfos coevos. Ainda, foram observadas características que
variam entre os espécimes de S. tupiniquim e UFSM 11660, as quais são elencadas e discutidas
através de um ponto de vista relacionado à variação intraespecífica.
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