O amor em Kierkegaard como pressuposto de ação moral
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Data
2024-08-14Autor
Silva, Hélio Ricardo Caneca da
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Mostrar registro completoResumo
O presente trabalho se propõe a desenvolver o tema do amor em Kierkegaard como
pressuposto de ação moral. Nosso esforço reflexivo tem como propósito investigar e
analisar o pressuposto do “Amor ao próximo” como princípio universal de ação moral,
não fundado na ética, mas como resultado da relação direta do homem com Deus.
Para tanto apresentaremos o indivíduo em sua subjetividade e a teoria dos três
estádios da experiência humana, como forma de compreender as motivações das
escolhas, diante das possibilidades que cada dimensão da existência apresenta, com
todas as suas variáveis e limitações, intentando compreender a justificativa de
Kierkegaard, ao apontar o estádio religioso como única dimensão onde a fé é a
condição de possibilidade para observância e aplicação desse fundamento moral.
Para isso vamos reconstruir, descrever e analisar a compreensão kierkegaardiana de
amor e como ele desenvolve seu argumento dos estádios da existência. Nesse
argumento Kierkegaard tem a intenção de descrever o amor cristão, e as condições
em que ele é possível como fundamento moral. Para tanto foi realizado uma pesquisa
de cunho bibliográfico através de livros, artigos, teses e dissertações, utilizando
material do próprio autor e de seus respectivos comentadores. A proposta desse
trabalho é esboçar a essência da fé cristã em Kierkegaard como experiência subjetiva
que se dá na dimensão religiosa da existência, como condição necessária e suficiente
para aplicação do amor ao próximo como pressuposto de ação moral. Contudo, a
partir de nossa pesquisa, pudemos observar que a apreensão desse amor está
condicionada a uma tarefa privada e individual, ou seja, onde o próprio sujeito, em sua
singularidade decide crer. Assim concluímos que conhecer o amor como tarefa
individual, representa uma dificuldade para sua aplicação universal, dado que para
conhecê-lo e aplicado seria essencial ao ser humano uma experiência anterior com o
transcendente como condição de possibilidade, cuja experiência está reservada ao
indivíduo religioso.
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