Avaliação histológica da osseointegração de implantes dentários instalados em áreas de seio maxilar de humanos: uma revisão sistemática
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Date
2024-09-26Primeiro membro da banca
Weber, Alexandre
Segundo membro da banca
Passoni, Bernardo Born
Metadata
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A reabilitação com implantes dentários na região posterior da maxila é desafiadora
devido à frequente falta de osso, especialmente em pacientes desdentados há muito tempo ou
com edentulismo devido à periodontite, o que requer aumento do volume ósseo. A análise
histológica da interface osso-implante é o método mais adequado para avaliar a consolidação
óssea em implantes, bem como os fatores que possam interferir nesse processo, especialmente
em áreas críticas com menor volume e densidade óssea, como no seio maxilar. Apesar do
conhecimento clínico disponível, não há nenhuma avaliação abrangente da literatura científica
que analise histologicamente a integração osso-implante em áreas de levantamento do assoalho
do seio maxilar (LASM). O objetivo desse estudo é avaliar sistematicamente os desfechos
histológicos de contato osso-implante e densidade óssea de implantes dentários colocados em
áreas de LASM de humanos. Os estudos foram selecionados nas bases de dados eletrônicas
MEDLINE (via PubMed), EMBASE, Biblioteca Cochrane e literatura cinzenta. Foram
incluídos ensaios clínicos randomizados ou controlados e séries de casos que avaliaram a
integração óssea histológica ao redor de implantes instalados em áreas do seio maxilar.
Metanálises de efeito aleatório foram realizadas para agrupar dados de contato osso-implante
(BIC%), densidade óssea dentro das roscas (BDWT;%) e densidade óssea fora das roscas
(BDOT;%). Dos 1.788 artigos potencialmente elegíveis, 11 estudos foram incluídos e 255
implantes foram analisados. A maioria dos estudos apresentou alguma preocupação e sério risco
de viés. As médias gerais do BIC, BDWT e BDOT foram 35,1% (IC 95%: 28,0–42,1), 35,0% (IC
95%: 24,6–45,3), 37,4% (IC 95%: 32,4–42,4), respectivamente. Análises de subgrupos
mostraram que implantes tardios, com superfície tratada com jatos de areia seguidos por ataque
ácido (SLA), sem carga protética e associados a substitutos ósseos apresentaram os maiores
percentuais de BIC (p < 0,05). Além disso, houve um aumento significativo no BIC aos 2, 3-4
e após 4 meses de instalação do implante. Pode-se concluir que diferentes sistemas de implantes
demonstraram potencial para osseointegração histológica em LASM, embora com variabilidade
significativa. As diferenças observadas entre os estudos podem ser atribuídas a fatores como
tipo de material de enxerto, momento de colocação do implante, superfície do implante,
protocolo de carga e período de cicatrização.
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