Adaptação transcultural e validação de instrumento de diversidade no local de trabalho e suas relações com cultura organizacional
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Fecha
2024-11-19Autor
Wagner, Giseli Rodrigues 
Primeiro orientador
Costa, Vânia Medianeira Flores
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Administrar a diversidade tornou-se um desafio para as organizações, que tem percebido sua força de trabalho cada vez mais heterogênea, inclusive nas organizações públicas. Os gestores, como influentes da cultura organizacional, devem estar atentos e buscar mecanismos para alinhar a gestão da diversidade às políticas implementadas. Utilizar de instrumentos que permitam a mensuração da diversidade e a avaliação da cultura organizacional pode auxiliar os gestores na compreensão da realidade da organização e no planejamento de práticas que tornem o ambiente laboral mais inclusivo. Este estudo objetivou realizar a adaptação transcultural e validação do Workplace Diversity Inventory (WDI), proposto por Taylor (2011), em uma Instituição Federal de Ensino Superior brasileira e testar sua relação com a cultura organizacional. A adaptação transcultural seguiu as seis fases do protocolo de Beaton et al. (2000): tradução, síntese das traduções, retradução, revisão de comitê especialista, pré-teste e revisão de comitê consultivo, que atestou a validade de conteúdo da versão que recebeu o nome Questionário de Diversidade no Local de Trabalho (QDLT). O QDLT, juntamente com o Instrumento de Avaliação da Cultura Organizacional (IBACO), modificado para o contexto das IFES, e questões sócio demográficas e laborais foi disponibilizado no formato de um questionário eletrônico para os docentes e técnicos administrativos em educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), obtendo um total de 688 respondentes. A análise dos dados foi feita de forma descritiva, com frequência e porcentagem dos dados sociodemográficos e laborais, e desvio padrão e classificação dos resultados da aplicação do QDLT e IBACO para os servidores da UFSM. Para testagem das propriedades psicométricas e análise de invariância estrutural foi aplicada a Modelagem de Equações Estruturais, seguindo as etapas de Hair et al. (2017). Os resultados confirmaram a consistência interna, validade convergente e validade discriminante dos modelos QDLT, IBACO e QDLT→IBACO. Foram confirmadas as 6 hipóteses de relações entre as dimensões do QDLT, com o questionário apresentando invariância estrutural para sexo e cargo. Para o IBACO, foram confirmadas 6 das 8 hipóteses de relação, com o instrumento apresentando invariância estrutural para cargo. A hipótese geral deste estudo, que considerou que a diversidade no local de trabalho apresenta relações com a cultura organizacional, foi parcialmente aceita. Relações completas foram observadas entre clima de diversidade e justiça organizacional com cultura organizacional. Identidade não apresentou relações apenas com valores de profissionalismo competitivo e individualista. Comunicação e valores se conectaram significativamente com valores de profissionalismo cooperativo e práticas de integração externa. Esquemas não teve relações confirmadas com nenhuma dimensão da cultura organizacional. Ainda, constatou-se que a UFSM apresenta altas pontuações para a diversidade no local de trabalho e tem como predomínio das práticas de integração externa e valores de profissionalismo cooperativo em sua cultura organizacional.
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